Agricultores do norte do estado dizem que houve queda no preço do grão.
Mato Grosso é o principal produtor de milho da segunda safra.
“Daqui uns dias, nós estaremos colhendo e estamos apavorados com a questão do preço do milho. Com o investimento pesado que fizemos em cima dessa planta, R$ 12 a saca não vai pagar nem o custo da lavoura”, diz Romancini.
Na propriedade do agricultor Orcival Guimarães foram plantados oito mil hectares do grão. Desse total, ele comercializou 40% antecipado entre os meses de outubro e novembro do ano passado. Na época, a saca foi vendida por R$ 16,50, mas agora, as propostas que ele recebe são muito abaixo disto. “Em termos de preço é muito difícil uma virada porque já está chegando a safra. Os preços devem piorar", diz.
Segundo o IMEA, Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária, esse é o terceiro menor valor já registrado no estado nos últimos cinco anos. A pior média foi registrada em 2010, quando o preço da saca de milho chegou a R$ 7,75.
Mas não são apenas os preços que preocupam. Depois da colheita, o armazenamento deve ser outra dor de cabeça. "Nós tivemos um incremento nos últimos 12 meses de 50% no preço da logística e de janeiro pra cá, de pelo menos 30%. Quando a gente traz para os preços finais deduzindo esses custos é que realmente a gente enxerga o preço muito baixo do milho", diz Jaime Binsfeld, diretor comercial de grãos.
Mato Grosso é o principal produtor de milho na segunda safra e deve colher 16,8 milhões de toneladas.
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