MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 18 de maio de 2013

Bebê morre à espera de atendimento médico especializado, em Belém


Segundo parentes do bebê, a entrada dele foi recusada na Santa Casa.
Criança de cinco meses sofria de complicações no fígado.

Do G1 PA

Um bebê de cinco meses morreu na manhã deste sábado (18), em Belém. Segundo os parentes da criança, ele sofria de complicações no fígado e teve a entrada recusada na noite da última sexta na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará.
Em busca de socorrer o filho, os pais de Cauã conseguiram internar a criança no hospital Pio XII ainda na noite de sexta, mas, segundo eles, o hospital não oferecia atendimento médico especializado para atender o bebê.
"O que nós fazemos aqui é urgência e emergência, casos pequenos. Diarreia, vômito, uma criança com crise asmática. O nosso hospital não é equipado com UTI", afirmou a recepcionista do Pio XII, Mira Moreira.
A doença crônica grave que Cauã tinha comprometia o bom funcionamento do fígado. Ele era paciente da Santa Casa desde os dois meses. Na última quinta-feira (16), o bebê chegou a se consultar na maternidade da Santa Casa, que é a maior maternidade pública do estado.
"Dentro da doença crônica que ele tinha, estava relativamente estável. Crianças com cirrose podem ter complicações, que ocorrem de maneira aguda. Os pacientes podem estar bem em um dia e no dia seguinte ter uma grave complicação", disse o cirurgião pediatra da Santa Casa, Maurício Iasi.
Um dia após a consulta, Cauã começou a passar mal, com vômito forte e frequente. "A atendente disse que não tinha pediatra para atender ninguém. Que não tinha pediatra nenhuma lá [na Santa Casa]", reclamou Washington.
Neste sábado (18), a direção da Santa Casa disse que tinham pediatras na maternidade na sexta à noite, mas para atender apenas as crianças já internadas.
"Nós não somos urgência e emergência. A gente recebe pacientes que são regulados via central de leitos. O certo seria [levar ele para o] pronto socorro, que é urgência e emergência, para lá o profissional avaliar e se achasse que tivesse que internar, colocava essa criança na central de leitos e veria se teria leito para atendê-lo", pontua a enfermeira da Santa Casa, Rosana Nunes.
"O SUS desconta do meu salário não é pouco não. Eu pago R$ 157 por mês para o SUS. Para não ter esse atendimento? Eu vou procurar a Justiça porque eu acho que eu tenho direito", afirma o pai do bebê, Washington

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