Combate à lagarta que infesta as lavouras da Bahia vira polêmica

MPF deu prazo de 90 dias para uso do agrotóxico nas lavouras.
Depois, um novo estudo será feito para ver se a liberação será mantida.

Do Globo Rural

Promotores, procuradores, representantes do Ministério da Agricultura, Ibama, Anvisa, Embrapa, do governo da Bahia e do setor produtivo estiveram reunidos. O centro da polêmica é o uso do benzoato de emamectina no combate à lagarta helicoverpa armigera.
O produto, liberado no mês passado pelo Ministério da Agricultura com base na lei de emergência sanitária, teve o registro negado pela Anvisa em 2007, por ser considerado tóxico para o sistema neurológico.
A questão colocou o Ministério Público em alerta. O órgão exigiu que as partes assinassem um documento assegurando o cumprimento rigoroso de regras de uso.
Pelo acordo, a aplicação do agrotóxico foi autorizada por 90 dias. Depois desse prazo, os órgãos federais e estaduais deverão encaminhar ao Ministério Público relatórios sobre a eficácia e os efeitos.
Segundo o secretário de Agricultura da Bahia, Eduardo Salles, a aplicação do produto nas lavouras de soja e algodão deve começar na semana que vem.