MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Em Boa Vista, prédios da Ceasa e do abatedouro estão sem funcionar


Prefeitura diz que está tomando providências para liberar recursos.
Mapa afirma que órgão fica condicionado às condições da Caixa.

Marcelo Marques Do G1 RR

O Ceasa foi construído com a finalidade de distribuir alimentos e comercializá-los (Foto: Divulgação)A Ceasa foi construída com a finalidade de distribuir alimentos e comercializá-los (Foto: Divulgação)
A Central de Abastecimento de Produtos Agroflorestais e Extrativistas (Ceasa) de Boa Vista e  a Unidade de Processamento de Carnes de Suínos, Ovinos e Caprinos, estão sem funcionar, desde a finalização das duas obras.
Os prédios foram construídos na estrada que dá acesso ao Passarão, na região Norte de Boa Vista, na BR-174, sentido Venezuela, dentro da área da Zona de Processamento de Exportação (ZPE).
O início da construção do prédio da Ceasa começou em janeiro de 2010 e o valor da obra é de R$ 3.711 milhões, recursos provenientes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A contrapartida do Município foi de R$ 180.375 mil. O projeto ainda contou com emenda parlamentar da então deputada federal Ângela Portela (PT), hoje senadora. Aprovação se deu no orçamento geral da união para 2010.
A utilidade da Ceasa é concentrar a distribuição e comercialização de alimentos como frutas, verduras, legumes e outros produtos derivados das atividades agroflorestais e extrativistas, no atacado e varejo.
Falta de recursos impossibilitou o andamento do abatedouro,segundo Prefeitura (Foto: Divulgação:)Falta de recursos impossibilitou o andamento da obra do abatedouro, segundo Prefeitura (Foto: Divulgação:)
O abatedouro de animais de pequenos porte custou R$ 775,661 mil. Ele funcionará como uma unidade processadora de carne de ovinos, caprinos e suínos, aumentando o consumo desse tipo de carnes entre a população, além de melhorar o valor comercial do produto.
De acordo com o deputado federal Márcio Junqueira (DEM), a construção do Abatedouro e do Ceasa se torna inútil, em razão de não haver animais para o abate e alimentos.
"Não há carneiros, ovinos, frutas e legumes para movimentar  esses locais. Antes de se investir na produção se aplicou na construção. Fizeram o inverso. A Ceasa e o Abatedouro se tornam um cenário de desperdício de dinheiro público", diz, acrescentando que houve verba para ser invstida na agricultura familiar.
Prefeitura
O G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Boa Vista, que em nota, explicou que as obras do Abatedouro estavam paradas há um ano devido à falta de liberação de recursos.
Segundo a nota, a Prefeitura está tomando todas as providências para liberar o dinheiro dos convênios e dar celeridade aos trabalhos. A Prefeitura também acionou a empresa responsável para que fizesse os reparos necessários nos serviços mal executados durante a gestão anterior.
Ainda de acordo com a nota, as obras da Ceasa estavam precisando de intervenção, em virtude de falhas relacionadas ao projeto e retardos na liberação do recurso. O Município está fazendo ajustes no projeto para solicitar a liberação das verbas.
Entretanto, no mês de março, a Prefeitura recebeu um recurso de R$ 165.945 mil, segundo o Portal Transparência.
Mapa
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou que, embora a Prefeitura inicie a obra, o órgão fica condicionado às condições da Caixa (medições da obra por um fiscal do banco) para ter a previsão de pagamento.
Ainda segundo o Ministério, mesmo que receba a autorização da Caixa, só é pago com o recurso oriundo da Casa Civil. Por isso, há demora no pagamento de alguns convênios, motivo pelo qual até hoje o Município recebe verba do Mapa.
O Mapa esclarece ainda que, muitas vezes, há recursos sendo repassados após o término das obras devido à demora da liberação por parte de outros órgãos. Mas o Mapa também não soube informar se todos os valores já foram liberados para a Prefeitura de Boa Vista.
Outro lado
O G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da senadora Ângela Portela por e mail e telefone, mas não obteve resposta sobre o valor da emenda destida à obra da Ceasa à época em que era deputada federal.

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