MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Em evento ao lado de ministro, Campos evita polemizar com o PT


Governador cumpre agenda com Fernando Bezerra Coelho (Integração)
Socialista preferiu não comentar possível perda do PSB em cargos federais.

Renan Holanda Do G1 PE, em Garanhuns

Eduardo Campos e Fernando Bezerra Coelho (Foto: Renan Holanda / G1)Eduardo Campos e Fernando Bezerra Coelho: convênio
para mil pequenas barragens (Foto: Renan Holanda / G1)
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), adotou um discurso mais comedido politicamente, nesta sexta-feira (03), no último dia da sua jornada de compromissos no interior do estado, iniciada no feriado do Dia do Trabalhador. Em agenda ao lado do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), em Garanhuns, no Agreste, o socialista evitou criar polêmicas com o PT.
Perguntado sobre uma possível movimentação do partido da presidente Dilma Rousseff no sentido de retirar o PSB de cargos federais, Campos, presidente nacional da sigla, esquivou-se: "Não vou falar sobre isso, não está na minha pauta". Recentemente, foi publicado no Diário Oficial da União a demissão de socialistas que integravam altos cargos na Indústrias Nucleares do Brasil (INB).
O clima durante o evento que o governador participou, no entanto, era praticamente de pré-campanha. O socialista teve uma recepção calorosa por parte de moradores, trabalhadores e prefeitos da região. Em uma faixa assinada por "Agricultores do Agreste", era possível ler um recado de incentivo: "Governador, você fez muito por Pernambuco. Temos certeza que fará muito mais pelo Brasil".
O ministro Fernando Bezerra Coelho, cuja transferência para o PT é especulada nos bastidores, voltou a afirmar que é a favor da aliança entre os dois partidos e disse não saber de qualquer retaliação contra socialistas no governo federal. "Eu não tenho essa informação", desconversou. Conhecido por ter boa circulação entre os petistas, o ministro, contudo, mostrou-se entusiasmado com a possibilidade de Eduardo Campos alçar voos mais altos na política.
Faixa demonstra apoio a Eduardo Campos no interior de PE (Foto: Renan Holanda / G1)Faixa demonstra apoio a Eduardo Campos no interior de
Pernambuco (Foto: Renan Holanda / G1)
"Eu tenho certeza, governador, que os pernambucanos haverão de lhe fazer muita justiça na sua trajetória política, na sua caminhada, porque de fato você abriu novos horizontes para todos os pernambucanos", afirmou. Na mesma linha, o senador Armando Monteiro Neto (PTB), também presente na cerimônia, disse que Campos "já se colocou no primeiro plano da política brasileira" e que, sendo um partido com notável crescimento nas últimas eleições, uma candidatura presidencial do PSB é legítima.
O petebista tem sido especulado como um nome de consenso da base aliada no estado para disputar as eleições para governador em 2014. De acordo com Monteiro Neto, esse processo será conduzido por Eduardo Campos, mas ele não negou sua vontade em conquistar uma vaga no Palácio do Campo das Princesas. "Eu sempre disse que aspiro [ser governador], não nego isso. Agora, as condições, você tem que construir e pressupõe algo que vai muito além da minha vontade", ponderou.
Em Garanhuns, os governos estadual e federal anunciaram a construção de mil barragens de pequeno porte, em cidades do Agreste pernambucano, totalizando um investimento de R$ 100 milhões. Além disso, ainda foram lançados editais para licitação de poços artesanais, sistemas de abastecimento e outras obras na área de recursos hídricos. Até o final do dia, o governador conclui a série de compromissos no interior passando pelos municípios de Bom Conselho, Brejão e Palmeirina.
Inauguração da Arena Pernambuco
Com relação à vinda da presidente Dilma Rousseff para a inauguração da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, o governador Eduardo Campos revelou que a data provável da cerimônia deve ser alterada. Antes previsto para o dia 14 de maio, é possível que o evento ocorra agora no dia 20 do mesmo mês. O motivo da mudança seria apenas uma adequação à agenda presidencial. Essa será a primeira visita da petista após as inserções partidárias do PSB, protagonizadas por Campos, cujo mote diz que "é possível fazer mais" pelo Brasil.

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