Bezerra que nasceu da clonagem de célula de gordura completou 15 dias.
Experiência ocorreu em um centro de raças zebuínas no DF.
Por enquanto, a pelagem é diferente, mas é por causa da idade. Quando crescer, Brasília terá a mesma cor da mãe biológica.
O filhote só quer saber de ficar perto de Marina, a vaca girolando que serviu como barriga de aluguel. O nascimento foi no dia 23 de abril, na semana do aniversário da capital federal, daí o nome da bezerrinha.
O momento do parto foi uma alegria para o veterinário da Embrapa, Carlos Frederico Martins, que coordenou o trabalho. “Foi como se fosse um filho nascendo”, diz.
Foram quatro anos de pesquisa até chegar à bezerra Brasília. E todo o processo de clonagem foi feito no laboratório da Embrapa.
A diferença para as outras técnicas está no tipo de célula utilizada pelos pesquisadores. Apesar de ter funções determinadas, as células adiposas, ou de gordura, são capazes de formar qualquer tecido e originar um novo ser vivo.
A técnica funciona assim: o óvulo é retirado de uma vaca e o núcleo é extraído em laboratório e descartado. O óvulo recebe, então, uma célula de gordura da vaca a ser clonada. Choques elétricos fundem a célula ao óvulo e em uma mistura rica em cálcio, a célula se transforma em um embrião, que é implantado no útero de outra vaca que servirá como barriga de aluguel.
O período de gestação normalmente é de nove meses e 20 dias, mas segundo a Embrapa, a clonagem com célula de gordura se mostrou mais eficiente do que as técnicas usadas até então.
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