MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 19 de maio de 2013

Falta de pasto leva animais a comer planta tóxica no sertão do Piauí


Seca prolongada e morte do pasto levam animais a comer a papaconha.
Planta provoca paralisa neuromuscular e pode levar até a óbito.

Do G1 PI

Uma planta tóxica comum vem preocupando criadores de ovelhas do sertão piauiense. Por conta da seca e da falta de pasto, os animais vem comendo uma planta conhecida como papaconha, que provoca paralisa neuromuscular e pode levar até a morte.

“Ela em pequenas quantidades não é tóxica. O animal tem que comer uma quantidade de 20 a 30 gramas, para cada quilo de peso, para que ela se torne tóxica. Por conta da falta do marmeleiro, a papaconha tem aparecido em grande quantidade”, afirma a agrônoma, Davina Carvalho, explicando ainda que o rebanho come a planta por acidente.

Na fazenda de Salvador Candido, no município de São Raimundo Nonato, a 517 quilômetros ao sul de Teresina, duas cabras perderam a força para berrar e não conseguem nem mais ficar de pé. “Coloquei as cabras no chiqueiro há cinco dias e elas continuam caídas. Não comem ou comem pouco. Elas ficam estiradas berrando”, conta.

Depois que outros animais das proximidades apresentaram os mesmos sintomas, os criadores passaram a desconfiar da papaconha, que é uma planta muito comum na região e que serve de pasto para o rebanho.

Segundo o médico veterinário Edilton Ferreira, se a desintoxicação não for feita a tempo, o animal envenenado pode até morrer. “Fiz uma pesquisa e vi que o produto tóxico dela é a ricina, que provoca uma paralisa neuromuscular. Devido a dois anos de seca que nós atravessamos, boa parte da caatinga morreu e, principalmente o marmeleiro,  foi substituído pela papaconha”, explica.

O criador Sergio Castro não tratou parte do rebanho a tempo e perdeu 16, dos 40 animais que tinha no pasto. “Os melhores animais morreram. Muitas mães morreram. Para evitar o problema, eu prendi o rebanho e estou dando milho para ver se escapa alguma”, conta.

Edilton Ferreira explica o antidoto para curar o animal. “O procedimento que estamos indicando é que logo no início, quando o criador perceber que o animal está tonto, ele deve ser tirado do pasto e deve receber uma outra alimentação, se possível ração. E para a paralisia muscular, estamos indicando o antitóxico consociado com o cálcio B12. Isso vem dando resultado”, relata.

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