'Foi como se alguém tivesse jogado pedra em mim', diz professora.
Segundo depoimentos, seis pessoas já foram vítimas das aves.
Os dois animais estão vivendo no local há, pelo menos, dois meses em um jambeiro no pátio da escola. O pai de um aluno de sete anos, que estuda no segundo ano do Ensino Fundamental, disse estar preocupado com o risco que os estudantes correm por causa dos animais. "Já atacaram funcionários e eles podem atacar as crianças. Pedimos providências para que as autoridades retirem eles daqui", disse Antônio Meirelles.
Gavião atacou seis pessoas, segundo relatos (Foto: Reprodução/TV Amazonas)
A estudante Pietra Auany, de 9 anos, tem medo de ser atacada pelos bichos. Ela contou que um dos animais chegou a ser aproximar da piscina onde alguns alunos brincavam. "Uma vez ele [gavião] chegou a se aproximar da piscina. Ele [gavião] ia atacando um colega, mas ele [colega] se abaixou. Tenho muito medo de ele atacar a minha professora de novo, meus colegas e também atacar a mim", relatou.
A direção da unidade escolar comunicou à reportagem que já entrou em contato com o Corpo de Bombeiros do Amazonas e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para tentar uma solução para o problema.
Gavião está há dois meses em jambeiro no pátio da escola (Foto: Reprodução/TV Amazonas)
O Corpo de Bombeiros informou, no entato, que só pode atuar em casos
onde o animal está preso ou em perigo. Nesse caso, como os gaviões estão
livres eles não podem atuar. O Ibama explicou que não é possível fazer
a retirada do animal do local, pois a espécie está no período de
reprodução. De acordo com eles, no local deve haver um ninho que as aves
podem estar protegendo.O médico veterinário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Anselmo d'Affonseca, especialista em aves, explicou ao G1 que a presença de gaviões é comum em centros urbanos. Ele informou que a espécie encontrada na escola é do tipo gavião-carijó (Rupornis magnirostris). "É uma espécie comum em áreas de cidade. Eles se adaptam bem a esses ambientes alterados, como fazendas e beiras de estradas. São oportunistas. Também é bem comum eles utilizarem as árvores para ninhos e chegam a atacar mesmo para defender os ninhos. Eles encaram as pessoas como ameaças, fariam isso com qualquer outro mamífero de grande porte que viesse a se aproximar no ninho", disse.
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