MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 12 de maio de 2013

Gaviões atacam professora e funcionários de escola em Manaus


'Foi como se alguém tivesse jogado pedra em mim', diz professora.
Segundo depoimentos, seis pessoas já foram vítimas das aves.

Do G1 AM

Alunos, professores e funcionários de uma escola localizada no Conjunto Campos Elíseos, bairro Planalto, Zona Centro-Oeste de Manaus, enfrentam transtornos com a presença de dois gaviões nas proximidades do local de ensino que também funciona como creche. Segundo relatos, seis pessoas foram atacadas pelos animais, entre elas uma professora e a mãe de um aluno. Médico veterinário do Inpa afirma que aves são do tipo gavião-carijó.
Os dois animais estão vivendo no local há, pelo menos, dois meses em um jambeiro no pátio da escola. O pai de um aluno de sete anos, que estuda no segundo ano do Ensino Fundamental, disse estar preocupado com o risco que os estudantes correm por causa dos animais. "Já atacaram funcionários e eles podem atacar as crianças. Pedimos providências para que as autoridades retirem eles daqui", disse Antônio Meirelles.
Gavião atacou seis pessoas, segundo relatos (Foto: Reprodução/TV Amazonas)Gavião atacou seis pessoas, segundo relatos (Foto: Reprodução/TV Amazonas)
A professora Marly Leite já foi atacada na cabeça duas vezes pelas aves. "Ele [gavião] espera a pessoa ficar distraída para atacar. Já fui atacada duas vezes. Estava passando para abrir a sala de aula, quando ele veio por trás e atingiu a minha casa. Foi como se alguém tivesse jogado uma pedra na minha cabeça", disse.
A estudante Pietra Auany, de 9 anos, tem medo de ser atacada pelos bichos. Ela contou que um dos animais chegou a ser aproximar da piscina onde alguns alunos brincavam. "Uma vez ele [gavião] chegou a se aproximar da piscina. Ele [gavião] ia atacando um colega, mas ele [colega] se abaixou. Tenho muito medo de ele atacar a minha professora de novo, meus colegas e também atacar a mim", relatou.
A direção da unidade escolar comunicou à reportagem que já entrou em contato com o Corpo de Bombeiros do Amazonas e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para tentar uma solução para o problema.
Gavião está há dois meses em jambeiro no pático da escola (Foto: Reprodução/TV Amazonas)Gavião está há dois meses em jambeiro no pátio da escola (Foto: Reprodução/TV Amazonas)
O Corpo de Bombeiros informou, no entato, que só pode atuar em casos onde o animal está preso ou em perigo. Nesse caso, como os gaviões estão livres eles não podem atuar. O Ibama explicou que  não é possível fazer a retirada do animal do local, pois a espécie está no período de reprodução. De acordo com eles, no local deve haver um ninho que as aves podem estar protegendo.

O médico veterinário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Anselmo d'Affonseca, especialista em aves, explicou ao G1 que a presença de gaviões é comum em centros urbanos. Ele informou que a espécie encontrada na escola é do tipo gavião-carijó (Rupornis magnirostris). "É uma espécie comum em áreas de cidade. Eles se adaptam bem a esses ambientes alterados, como fazendas e beiras de estradas. São oportunistas. Também é bem comum eles utilizarem as árvores para ninhos e chegam a atacar mesmo para defender os ninhos. Eles encaram as pessoas como ameaças, fariam isso com qualquer outro mamífero de grande porte que viesse a se aproximar no ninho", disse.

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