MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 4 de maio de 2013

Greve de ônibus de longa distância gera caos na Argentina


Paralisação entrou no terceiro dia consecutivo neste sábado.
Nos dois primeiros dias, 80 mil passageiros foram afetados.

Da France Presse

A rede de ônibus de longa distância da Argentina permanecia paralisada neste sábado (4), pelo terceiro dia consecutivo, por causa de uma greve dos motoristas por aumentos salariais.
De acordo com a câmara empresarial do setor, a paralisação afetou nos dois primeiros dias cerca de 80 mil passageiros que viajariam para diferentes pontos da Argentina e para os países limítrofes (Brasil, Uruguai, Bolívia, Chile e Paraguai).
A greve foi convocada pelo sindicato Unión Tranviarios Automotor (UTA), que reúne 22.000 motoristas, para exigir um aumento salarial de 23%.
"Nós anunciamos que íamos parar o transporte, porque não quiseram escutar nossas reivindicações. Agora a greve aumentou", declarou o líder sindical da UTA, Roberto Fernández.
As empresas dizem que não podem arcar com este reajuste salarial devido à crise atravessada desde a retirada dos subsídios do governo em janeiro do ano passado.
O Ministério do Trabalho convocou na sexta-feira as duas partes interessadas, mas não foi possível chegar a um acordo.
Por uma década, centenas de empresas de ônibus foram beneficiadas pelos subsídios e pagaram combustível a 25% de seu valor, mas a partir de janeiro de 2012 voltaram a pagar o preço do mercado.
O transporte terrestre de passageiros representa 97% do total do serviço de longa distância em comparação aos 3% do ferroviário.
Centenas de pessoas se aglomeravam neste sábado, em um dia frio de outono, na rodoviária de Buenos Aires.
No terminal havia dezenas de crianças dormindo no chão, cobertas com casacos, depois de uma sexta-feira chuvosa, que fez a temperatura despencar dez graus em poucas horas.
"Eles não nos dizem nada. Não sei quanto tempo vamos ter que esperar ou se vão devolver o nosso dinheiro. As empresas não dão informações, não há ninguém nos guichês", lamentou Cynthia Gonzalez, uma paraguaia grávida de três meses que espera impaciente com o marido para retornar a Assunção.
Cada testemunha repetia quase como uma ladainha as mesmas queixas: falta de informação e incerteza com as empresas fechadas, enquanto as pessoas sem dinheiro enfrentam despesas inesperadas e preços abusivos dentro da rodoviária.

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