MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 12 de maio de 2013

Mães esbanjam garra e fôlego para cuidar dos filhos


Conheça histórias de mães que superaram dificuldades através da maternidade

G1 PA
Na casa de Gabriela Souza as tarefas domésticas são realizadas em equipe: os filhos Alexandre, de 15 anos, Débora, 12 e Caio, 10, fazem questão de dividir o trabalho com a mãe. Há 3 anos ela perdeu o braço esquerdo após ser jogada do terceiro andar de um prédio pelo ex-companheiro. Na época a família morava na Espanha, e o recomeço no Brasil não foi fácil: "Quando abri meus olhos pensei 'Meu Deus, dai-me forças pra lutar por eles", disse Gabriela, que se sente uma vitoriosa por ter superado a situação.
Segundo Gabriela, foi o amor dos filhos que a ajudou a recuperar a autoestima. "Eu me sinto uma mulher guerreira, uma rainha de cuidar dos meus filhos e dar um exemplo pra eles.", comenta. "Eu acho a minha mãe maravilhosa, sinto orgulho dela", diz Débora. "Ela é carinhosa comigo, ela faz de tudo... é muito mais que uma mãe perfeita", fala o filho mais novo, Caio. "Minha mãe sempre foi batalhadora por nós. Ela é a melhor mãe do mundo", ressalta Alexandre.
Yolanda também é acostumada a superar grandes desafios. Ela nasceu com uma doença chamada retinose pigmentar, que provoca a perda a visão. Quando a primeira filha nasceu ela já tinha problemas para enxergar, mas isso não impediu que ela cuidasse de Nádia e fizesse coisas supreendentes.
"Ela me ensinou a ler cedo, acredito que antes de entrar na escola. Quando entrei na escola já sabia ler, então assim, pra você ensinar a ler já é uma atividade muito visual. Outra coisa era o talento dela para desenhar...", lembra Nádia Nogueira.
Além de Nádia, Yolanda teve outras duas filhas, e conta que o problema na visão não a impediu de cuidar das crianças. Só era preciso aumentar a atenção quanto saiam de casa. "Se criança era pequena a mãozinha segura aqui, né? Com certeza criança tinha que ficar colada em mim. Ou se tivesse outra pessoa, digamos o pai delas eu dizia "presta atenção", revela a dona de casa, que hoje estuda terapia ocupacional para o orgulho das filhas.

Garra de campeã
Ser mãe significa se desdobrar entre as tarefas da casa, o trabalho e os cuidados com os filhos. São tarefas que exigem fôlego de atleta - ou paratleta no caso de Naná, que faz parte da seleção brasileira de basquete em cadeira de rodas. Em 2007 ela ganhou o Troféu Romulo Maiorana, e em 2011 participou da equipe que conquistou a medalha de bronze nos jogos parapan-americanos em Guadalajara.
Além da rotina puxada com treinos e competições, Naná faz faculdade de pedagogia e ainda acompanha o ritmo do filho João Carlos, de 4 anos. "Eu me canso lá no basquete, mas quando eu chego em casa, exausta, só de olhar ele assim, o fôlego dele, já passa o cansaço!", disse Naná.
Segundo a atleta, quando ela ficou grávida sentiu medo, teve receio de não ser uma boa mãe, mas hoje ela se preocupa em ser um exemplo para o menino. "Ele tem que aceitar o diferente, independente de religião, classe social, eu quero que ele respeite. Não quero que ele destrate ninguém de maneira alguma, desde pequeno estou ensinando isso pra ele", disse.

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