MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 25 de maio de 2013

Mato Grosso registra 27 focos de raiva bovina em cinco meses


Dois casos de raiva foram notificados pelo Indea na última semana.
Produtor precisa ficar atento ao comportamento do animal.

Do G1 MT

Criação de gado em Mato Grosso (Foto: Josi Pettengill/Secom/MT)Média de focos da doença nos últimos sete anos é de 76,7
casos, diz Indea (Foto: Josi Pettengill/Secom/MT)
Mais dois focos de raiva em bovinos foram registrados em Mato Grosso neste ano, de acordo com o Instituto Nacional de Defesa Agropecuária (Indea). Desta vez foi no perímetro da cidade de Chapada dos Guimarães, na região Centro-Sul do estado. Em todo o estado, entre os meses de janeiro a maio deste ano, o número de incidências já chegou a 27.
Conforme o Indea, os casos da doença no estado diminuíram nos últimos dois anos. Em 2011 foram 86 registros da raiva bovina, já em 2012 foram 68 notificações, ou seja, uma queda de 20%. Todavia este valor é próximo da média dos últimos sete anos, 76,7 incidências.
O médico veterinário do Indea, responsável pela raiva em herbívoros, Hernani Machado de Lima, recomenda que o pecuarista sempre deve observar se no rebanho há animais com comportamento diferente. “Quando o criador suspeitar que o animal contraiu a raiva, deve informar imediatamente o Indea para que as medidas corretas possam ser tomadas. Nestes casos, um veterinário vai até a propriedade verificar a situação e orientar o produtor”.
Machado disse também que as cidades de Mato Grosso que possuem mais incidências de casos de raiva em bovinos são: Poconé, Pontes e Lacerda, Vila Bela da Santíssima Trindade, Porto Esperidião, Cáceres e Água Boa. “Outra cidade que também teve muitos problemas com a doença, é Rosário Oeste. Entre 2008 e 2009 nos tivemos muitos registros de raiva em bovinos lá, e a medida tomada para resolver o problema foi fazer uma campanha com os criadores para a conscientização do uso da vacina de prevenção”.
O diagnóstico da raiva em bovinos só pode ser dado depois da realização de um exame com a medula ou o cérebro do animal, por isso só acontece depois da morte do mesmo. Depois que o animal é sacrificado ele deve ser imediatamente enterrado para que não represente nenhum risco de contaminação para as pessoas.
A raiva em bovinos pode ser transmitida para seres humanos quando a pessoa entra em contato com a saliva do animal doente. Por isso, o criador que encostar no animal infectado deve procurar um posto de saúde e pedir orientação médica. Não é comum que a transmissão da doença de bovino para bovino.
A doença é transmitida por meio dos morcegos hematófagos, ou seja, aqueles que se alimentam de sangue. Quando o voador, portador do vírus, morde o animal acontece a contaminação. Se o boi já está infectado não existe outra saída, pois o estágio final da doença é a morte.
Benedito Cunha Gonçalves, um dos criadores do município de Chapada do Guimarães, enfrentou o problema recentemente em sua propriedade. De acordo com ele, a novilha infectada aparentava cansaço. “Quando eu percebi que um dos animais estava recluso, deitado num canto, eu fiquei preocupado e logo chamei o Indea. Foi a primeira vez que aconteceu um caso de raiva com a minha criação. Eu não sabia bem o que fazer”.
O criador disse que a novilha de sua propriedade já foi enterrada. Gonçalves não chegou tocar no animal, mas aprendeu que é preciso ter o maior cuidado se houver necessidade de manuseio. Se preciso for, este trabalho deve ser feito mediante o uso de luvas.
Em uma outra propriedade, onde também foi registrado o problema da raiva bovina, as pessoas disseram que não entraram em contato com animal, no entanto precisaram ser examinadas. A enfermeira da Secretaria de Saúde de Chapada dos Guimarães, Janete Farias, conta que foi até a fazenda mas explica que a visita é por precaução. “As três pessoas que estavam na propriedade foram vacinadas com a anti rábica humana”.
Informações - O telefone de contato do Indea de Cuiabá é o: (65) 3613-6056 ou 6046.

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