Manifestação foi realizada na Praça Alencastro, no Centro da capital.
CRM-MT avalia que é preciso concurso ao invés de 'importar' médicos de fora.
Médicos seguraram faixas e pararam em semáfororos (Foto: Pollyana Araújo/ G1)
Médicos e estudantes de medicina realizaram manifestação neste sábado
(25), na Praça Alencastro, no Centro de Cuiabá, a favor da exigência de
revalidação do diploma para profissionais que cursaram medicina em
outros países. "Não podemos aceitar que esses médicos atuem no Brasil
sem o diploma validado no Ministério da Educação (MEC) e nos conselhos
regionais de medicina", disse o representante de Mato Grosso no Conselho
Federal de Medicina (CFM), José Vinagre."Para que se fixe no interior estamos pedindo que seja criada uma carreira para os médicos. A partir de concurso, mesmo que o profissional vá para o interior, há chance de progredir na carreira. Não podemos admitir que flexibilizem a prova e não avaliem o médico", defendeu. Além de concurso, a categoria também cobra melhorias na estrutura das unidades de saúde, principalmente dos municípios mais longínquos.
Presidente do CRM-MT discursou durante protesto (Foto: Pollyana Araújo/ G1)
A presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT),
Dalva Alves das Neves, avaliou que faltam políticas públicas de saúde.
"O governo não investe em políticas públicas e agora quer trazer médicos
de fora para atuar no interior. Não falta só médicos, mas estrutura",
disse. Ela afirmou que o fim da prova de revalidação do diploma é
necessária, já que 94% dos médicos, principalmente cubanos e espanhóis,
não passaram nesse exame.Em um panfleto distribuído na praça durante o protesto, a categoria reforça que "importar médicos indiscriminadamente não é a solução para o caos da saúde pública e a falta de médicos no interior do país. É necessário uma melhor administração, mais investimentos e infraestrutura, além de condições dignas de trabalho para todos os profissionais de saúde".
Na semana passada, o ministro da Saúde Alexandre Padilha informou que faltam médicos no país, e a proporção de profissionais no Brasil é de 1,9 por mil habitantes, enquanto na Argentina é de 3,2 e na Espanha e em Portugal é de quase 4.
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