Gestante peregrina por hospitais em busca de atendimento
Alean Rodrigues l Sucursal Feira de Santana
Grávida de nove meses, a jovem estava perdendo líquido e apresentava sangramento; mesmo assim, não conseguia assistência. "O médico do Hospital da Mulher mandou um relatório e, aqui (no Clériston Andrade), a moça sequer pegou o papel, foi logo avisando que não há vagas. Desde sábado que ela sofre e não é atendida", relatou a sogra.
A lavradora disse que esteve com a nora nos hospitais da Mulher, Dom Pedro e Clériston Andrade (HGCA), e em todos lhes diziam que não havia vagas.
Via-crúcis - "Segunda-feira, o médico pediu um ultrassom, que mostrou que ela estava com pouco líquido; voltamos para o Hospital da Mulher, que nos mandou embora e, hoje (terça-feira), voltamos lá, e o médico mandou que viéssemos para cá", relatou, sentada no banco da recepção do HGCA.
No relatório do Hospital da Mulher consta a informação de que a unidade estava superlotada e com outras parturientes internadas, o que inviabilizava receber Gabriela.
A reportagem de A TARDE foi recebida por um representante da diretoria médica e uma obstetra de plantão do HGCA, que informou não dispor de vagas e recomendou que a paciente fosse levada para o Hospital Mater Dei.
A equipe acompanhou a paciente até a unidade e, após cerca de 2 horas de espera, ela foi avaliada e internada, para fazer o parto cesáreo. "Agradeço a vocês que me acompanharam, senão não sei o que faríamos. Só Deus para recompensar o que vocês fizeram por nós", agradeceu, emocionada, a parturiente Gabriela do Carmo.
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