MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Oito pessoas são presas no RS por esquema de adulteração de leite


Suspeita é de que eles adicionavam água suja e ureia ao leite.
Ureia é usada em lavouras como adubo e fazia o leite render mais.

Do Globo Rural

A operação aconteceu em quatro municípios do Rio Grande do Sul. Segundo as investigações, o leite saia in natura das propriedades rurais e era levado para galpões, onde era adulterado com adição de água e ureia. Daí, o leite era levado para resfriadores e depois distribuído para cooperativas da região.
Os policiais cumpriram ordens de prisão e mandados de busca e apreensão. Em Selbach, no noroeste do estado, foram presas três pessoas, um veterinário responsável pelo recebimento do leite e duas secretárias.
Em Horizontina, no noroeste do estado, a polícia apreendeu na empresa do vereador Larri Lauri Jappe, do PDT, documentos, dois caminhões e 59 sacos de ureia. A receita estadual também encontrou notas fiscais de procedência duvidosa e recolheu o material para ser analisado.
Em Ibirubá, também na região noroeste, um homem e mais três pessoas da família dele foram presos. Na casa, a polícia apreendeu sacos de ureia, documentos, armas e uma régua, que seria usada para dosar os produtos na adulteração.
Na propriedade, um dos locais onde acontecia a fraude do leite foi flagrada. Em um galpão, que fica ao lado de um chiqueiro, o leite recebia a mistura feita com água, sem tratamento, retirada de um poço artesiano, e ureia com formol. O objetivo era aumentar o volume do leite. "Um lugar sem qualquer higiene, uma verdadeira possilga. Era uma dupla fraude, adicionar ao leite que todos nós consumimos, do mais novo ao mais idoso, adicionaram substância cancerígena com água não-potável", diz Mauro Rockenbach, promotor do Ministério Público no RS.
Em Brasília, o Ministério da Agricultura deu mais detalhes sobre o esquema de adulteração do leite no Rio Grande do Sul.
Na entrevista coletiva, os técnicos do DIPOA, Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério, disseram que estavam desde junho de 2012 investigando a fraude.
Eles deram detalhes da adulteração do leite cru. A água era usada pelas empresas transportadoras para aumentar o volume do leite. A ureia, um produto químico usado como adubo nas lavouras, fazia com o que o leite não parecesse ralo. Como o golpe ocorria durante o transporte, as indústrias de latícinios não foram responsabilizadas criminalmente, mas segundo o Ministério, são co-responsáveis pela adulteração.
Três laticínios e três postos de resfriamento de leite foram autuados e podem receber multa de até R$ 15 mil por lote de produto adulterado.
O Ministério da Agricultura agora investiga se a fraude está ocorrendo em outros estados brasileiros. Os técnicos intensificaram o trabalho de fiscalização e análise de amostras de leite. Uma ordem obriga a retirada imediata dos supermercados dos produtos das empresas que usaram o leite adulterado

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