Máquinas antigas prejudicam pacientes que sofrem de insuficiência renal.
Gestor diz excedente de procedimento compromete finanças da unidade.
Máquinas antigas que não comportam a demanda para o tratamento de
pacientes que precisam constantemente de procedimento de diálise,
cadeiras inadequadas para o conforto de quem fica até 4 horas em
tratamento médico e a falta de material básico como agulhas sem corte,
lençóis e até mesmo alimentação adequada, são apenas alguns dos
problemas relatados pelos pacientes da Clínica de Hemodiálise, do
Hospital Regional Santa Rita, principal unidade de saúde pública do
município de Palmeira dos Índios.
Vítimas de Insuficiência Renal Crônica, doença que afeta os rins, os
pacientes que fazem tratamento na Clínica de Hemodiálise do Hospital
Regional Santa Rita relataram que algumas máquinas do setor,
responsáveis pelo limpeza do sangue, apresentam defeitos constantemente.
“Algumas máquinas são antigas. Possuem mais de 15 anos, vivem quebrando e quando funcionam não fazem o tratamento de forma adequada. Tanto, que algumas pessoas já passaram mal após fazer o tratamento nelas. Com isso, o tempo de espera é desesperador para quem depende do tratamento. Pacientes idosos e fracos de saúde às vezes esperam de duas a três horas para serem atendidos”, relata um dos pacientes.
Outro paciente conta que algumas sessões ocorrem em menos tempo do que deveriam. “As sessões de diálise, que deveriam durar quatro horas, se limitam a três horas. Isso ocorre devido ao número de pessoas que precisam passar pelo procedimento e ao baixo número de máquinas, além do custo alto”, completa um dos usuários ao reclamar também da qualidade das agulhas usadas para o procedimento, que, por serem mais baratas, submetem os pacientes a dores desnecessárias.
O gestor da unidade de Hemodiálise do Hospital Santa Rita, Michel Soares Ribeiro Monteiro, reconheceu as dificuldades enfrentadas pelo setor de saúde, mas enfatizou que algumas medidas estão sendo tomadas para melhorar a qualidade no atendimento dos pacientes.
“Temos alguns problemas na unidade de hemodiálise que vão além da gestão do setor. Um deles é o excedente de procedimentos, devido ao alto número de pacientes. O outro, que é reflexo deste excedente, é a demora no repasse de recursos".
De acordo com Monteiro, cerca de 95 pacientes são oriundos de Palmeira dos Índios e de municípios vizinhos, como Quebrangulo, Arapiraca, Paulo Jacinto, Santa do Ipanema e Estrela de Alagoas. O custo mensal dos procedimentos chega a R$ 204 mil mais o gasto excedente, que supera os R$ 60 mil.
"O governo federal cobre 97% dos custos, os demais e o excedente devem vir das iniciativas estadual e municipal, algo que sempre acontece com atraso", expôs Michel Monteiro.
Quanto às questões das máquinas e equipamentos usados nos procedimentos, o gestor confirmou que dos 18 equipamentos, apenas 11 funcionam de forma adequada.
“Já estamos providenciando a troca destes equipamentos, algo que deve acontecer até o final do próximo mês, e já estamos estudando a abertura de um novo turno para atender a demanda. Quanto às agulhas, elas são adequadas para o tratamento. Não compramos 'sem corte' por uma questão de economia e porque não há nenhuma exigência sobre isso”, completou.
“Quanto à equipe de trabalho, mantemos o número necessário de profissionais por pacientes. Compreendemos as reclamações e elas possuem fundamento. Portanto, é necessário que o poder público perceba a necessidade de dar uma maior atenção às questões de saúde. Como prestadores do serviço, fazemos apenas o que se encontra ao nosso alcance para dar comodidade aos pacientes, mas, há coisas que fogem do nosso alcance”, concluiu Michel Monteiro.
Hospital Santa Rita é um dos principais da região Agreste de Alagoanas (Foto: Waldson Costa/ G1)
A denúncia foi feita por familiares de pacientes que frequentam o local através da ferramenta colaborativa VC NO G1,
e constatada pela nossa equipe de reportagem, que acompanhou algumas
pessoas durante as longas sessões a que elas são submetidas três vezes
por semana. Não foram feitas imagens no local em respeito aos próprios
pacientes que, devido à necessidade direta do tratamento, frequentam
constantemente o setor de diálise que é custeado, segundo a direção da
unidade, em quase 100% por recursos do Sistema Único de Saúde.“Algumas máquinas são antigas. Possuem mais de 15 anos, vivem quebrando e quando funcionam não fazem o tratamento de forma adequada. Tanto, que algumas pessoas já passaram mal após fazer o tratamento nelas. Com isso, o tempo de espera é desesperador para quem depende do tratamento. Pacientes idosos e fracos de saúde às vezes esperam de duas a três horas para serem atendidos”, relata um dos pacientes.
Outro paciente conta que algumas sessões ocorrem em menos tempo do que deveriam. “As sessões de diálise, que deveriam durar quatro horas, se limitam a três horas. Isso ocorre devido ao número de pessoas que precisam passar pelo procedimento e ao baixo número de máquinas, além do custo alto”, completa um dos usuários ao reclamar também da qualidade das agulhas usadas para o procedimento, que, por serem mais baratas, submetem os pacientes a dores desnecessárias.
Entrada do setor de hemodiálise no Hospital Santa Rita, em Palmeira dos Índios (Foto: Waldson Costa/ G1)
Problemas no repasseO gestor da unidade de Hemodiálise do Hospital Santa Rita, Michel Soares Ribeiro Monteiro, reconheceu as dificuldades enfrentadas pelo setor de saúde, mas enfatizou que algumas medidas estão sendo tomadas para melhorar a qualidade no atendimento dos pacientes.
“Temos alguns problemas na unidade de hemodiálise que vão além da gestão do setor. Um deles é o excedente de procedimentos, devido ao alto número de pacientes. O outro, que é reflexo deste excedente, é a demora no repasse de recursos".
De acordo com Monteiro, cerca de 95 pacientes são oriundos de Palmeira dos Índios e de municípios vizinhos, como Quebrangulo, Arapiraca, Paulo Jacinto, Santa do Ipanema e Estrela de Alagoas. O custo mensal dos procedimentos chega a R$ 204 mil mais o gasto excedente, que supera os R$ 60 mil.
"O governo federal cobre 97% dos custos, os demais e o excedente devem vir das iniciativas estadual e municipal, algo que sempre acontece com atraso", expôs Michel Monteiro.
Quanto às questões das máquinas e equipamentos usados nos procedimentos, o gestor confirmou que dos 18 equipamentos, apenas 11 funcionam de forma adequada.
“Já estamos providenciando a troca destes equipamentos, algo que deve acontecer até o final do próximo mês, e já estamos estudando a abertura de um novo turno para atender a demanda. Quanto às agulhas, elas são adequadas para o tratamento. Não compramos 'sem corte' por uma questão de economia e porque não há nenhuma exigência sobre isso”, completou.
“Quanto à equipe de trabalho, mantemos o número necessário de profissionais por pacientes. Compreendemos as reclamações e elas possuem fundamento. Portanto, é necessário que o poder público perceba a necessidade de dar uma maior atenção às questões de saúde. Como prestadores do serviço, fazemos apenas o que se encontra ao nosso alcance para dar comodidade aos pacientes, mas, há coisas que fogem do nosso alcance”, concluiu Michel Monteiro.
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