MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Pacientes enfrentam fila para retirar remédios em hospital no ABC


Espera durava pelo menos quatro horas no Mário Covas, em Santo André.
Funcionários sugeriam que pacientes retornassem na próxima semana.

Glauco Araújo Do G1 São Paulo, em Santo André

Pacientes esperam em fila para retirar medicamento (Foto: Glauco Araújo/G1)Pacientes esperam em fila para retirar remédios
(Foto: Glauco Araújo/G1)
Cerca de 500 pessoas esperavam há pelo menos 4 horas para pegar medicamentos no Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, no ABC, na manhã desta sexta-feira (3). O tempo na fila foi divulgado por funcionários do hospital, mas quem chegou antes das 7h ainda não havia concluído a triagem e recebido os remédios.
Dona Nilza retira seus medicamentos no hospital desde março de 2005. Caso são utilizasse o benefício, ela gastaria R$ 4 mil por mês para os tratamentos de reumatismo e artrite. "Há oito anos pego medicamento aqui e nunca vi tanta gente. Tomo duas injeções por mês. Ainda busco remédio para o meu pai, que tem Alzheimer", afirma Nilza, 68 anos. A idosa mora em Santo André. Ela chegou ao hospital às 9h e saiu às 11h, sem atendimento. "Em dias normais, a espera é de uma hora para pegar o remédio. Já fui atendida até em menos de meia hora, mas hoje estão mandando as pessoas para casa."
O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde e aguarda retorno sobre os motivos da longa espera. Não há previsão para que o atendimento seja normalizado.
"Hoje está sol e calor. Só não está pior do que quando chove", disse Zeneide, 39 anos. "Meu tratamento é para pele e tenho de ficar exposta a esse sol", reclamou.
Funcionários chegaram a orientar pacientes a voltar na próxima semana (Foto: Glauco Araújo/G1)Funcionários chegaram a orientar pacientes a
voltar na próxima semana (Foto: Glauco Araújo/G1)
A paciente informou que toma, desde janeiro, um remédio que custa R$ 289. "São duas caixas por mês, não tenho como pagar. Semana passada tinha 800 pessoas na minha frente. A moça disse que se eu tivesse dinheiro para comprar o remédio que eu poderia sair da fila, se não era para ficar. Já estou há seis horas esperando aqui".
Às 10h20, dois funcionários percorreram a fila do lado de fora do hospital pedindo que os pacientes voltassem na próxima semana. Ainda assim, o atendimento será feito até as 17h para aqueles que preferirem seguir na fila, segundo o hospital.

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