Alface é um alimento importante no prato do brasileiro.
Cada um tem seu tipo preferido, mas não abre mão de uma folha fresquinha.
Em todo o Brasil existem cerca de 35 mil hectares plantados com alface. A variedade crespa representa 50% da produção, a americana, bem mais sensível ao clima, também é muito consumida.
De olho na preferência do consumidor e na produtividade no campo, pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos criaram uma nova variedade mais adocicada e com uma qualidade muito importante. “A crocância está relacionada à espessura da folha. A sensação do 'croc' é algo que dá muito prazer ao saborear uma salada”, explica o agrônomo Cyro da Costa.
A brunela é resultado do trabalho de melhoramento genético feito com outras duas variedades, uma chamada de green frisly, que veio da Austrália, crespa e de porte pequeno, e outra com folhas lisas e grandes, nacional.
A nova alface é mais resistente ao calor e à chuva. Outra vantagem é que o espaço entre as plantas, é menor. Na mesma área é possível quase dobrar a produção.
Depois de quatro anos de pesquisa, a variedade brunela, saiu da universidade e tem produtor que já apostou no cultivo.
Agricultores de sete estados já estão produzindo a alface brunela em parceria com a universidade. Sérgio de Souza vende para nove mercados no município de Araras. Produz mil pés por semana e já faz planos, quer aumentar a produção em 50%. "O material é novo, crocante, diferenciado e tem boa aceitação no mercado", diz.
O lançamento oficial da cultivar brunela é nesta quarta-feira, 22, em Araras, São Paulo.
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