MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Protecionismo no Brasil ‘seria como dar tiro no pé', diz Pimentel


Ministro defende acordos bilaterais com a Alemanha e União Europeia.
Ele diz que Mercosul prepara oferta de acordo comercial à União Europeia.

Darlan Alvarenga Do G1, em São Paulo

Ministro Fernando Pimentel participa do Encontro Econômico Brasil–Alemanha nesta segunda (13) (Foto: Darlan Alvarenga/G1)Fernando Pimentel participa do Encontro
Econômico Brasil–Alemanha nesta segunda (13)
(Foto: Darlan Alvarenga/G1)
O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, defendeu nesta segunda-feira (13) a aproximação comercial entre Brasil e Alemanha e o avanço nas negociações em torno de um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia.
Durante participação no Encontro Econômico Brasil–Alemanha e Rodada de Negócios, que acontece em São Paulo com a participação de autoridades e empresários dos dois países, o ministro também rebateu as críticas recorrentes de que o Brasil estaria adotando práticas protecionistas.
“Nós não somos protecionistas nem podemos ser, seria como dar um tiro no próprio pé. Nós sempre seremos grandes exportadores”, afirmou Pimentel. “O Brasil sabe da sua imensa potencialidade agrícola e mineral, sabe da sua responsabilidade no concerto mundial como fornecedor de recursos que serão crescentemente demandados e que são escassos”, acrescentou.
O ministro afirmou que com relação aos acordos comerciais de livre comércio, as conversas entre o Mercosul e a União Europeia estão avançando. “Até o início do segundo semestre, o Mercosul vai fazer uma proposta para a União Europeia e vamos ver a oferta da União Europeia para nós”, disse.
Pimentel destacou, entretanto, que as negociações entre blocos não impedem que Brasil e Alemanha intensifiquem acordos de cooperação. “Podemos avançar muito mais rapidamente de maneira bilateral, por quer aí não depende dos blocos, nos acordos de investimentos, nos acordos de cooperação tecnológica, nos acordos para evitar bitributação”, avaliou.
“Se trabalharmos nestas linhas de menor resistência, de menor tensão, faremos nossa cooperação avançar. E, paralelo com isso, respeitando as características de cada bloco, avançar também no acordo comercial Mercosul-União Europeia”, acrescentou.
Ministro defende tributação zero para absorção de tecnologia
Segundo Pimentel, a parceria com a Alemanha é estratégica para colocar a economia brasileira no “patamar do século XXI”, do ponto de vista da indústria, da competitividade, do avanço tecnológico e do acesso ao conhecimento científico.
Questionado sobre o cenário ideal a ser perseguido pelo Brasil nos acordos bilaterais com a Alemanha, o ministro defendeu o fim de todas as barreiras para importações e investimentos relacionados à inovação tecnológica.
“Se nós construíssemos agora um acordo imediato, zero de tributação, zero de barreira, zero de qualquer impedimento para absorção de inovação tecnológica, isso era o ideal. Tudo o que vier com esse carimbo, com essa identidade – e a Alemanha tem isso em larga escala para oferecer – nós devíamos não só isentar como incentivar.”
A Alemanha é hoje o principal parceiro europeu do Brasil e o quarto maior no mundo, atrás apenas da China, Estados Unidos e Argentina. Desde 1989, a balança comercial foi superavitária para os alemães. Em 2012, o Brasil exportou US$ 7,2 bilhões e importou US$ 14,2 bilhões.
A abertura oficial do 31º Encontro Empresarial Brasil-Alemanha será realizada na tarde desta segunda-feira, com a presença da presidente Dilma Rousseff e do presidente da Alemanha,  Joachim Gauck.

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