Educadores cobram melhorias trabalhistas para a categoria.
Secretário disse que Governo já garantiu reajuste retroativo de março.
De acordo com o coordenador de Direitos Humanos da Asprom, Ivan Nascimento, além das unidades educacionais, a paralisação da categoria também está ocorrendo no interior do Amazonas, nos municípios de Maués e Itacoatiara. "Esta quinta-feira é o nosso primeiro dia de paralisação e, na sexta-feira, estaremos em frente à sede do Governo do estado. Esperamos que todas as escolas em Manaus terão as aulas paralisadas amanhã", informou o representante.
No primeiro dia de ação, os professores e lideranças dos movimentos estão percorrendo as escolas da capital para esclarecer a categoria e divulgar a pauta de reivindicação. Entretanto, segundo Ivan Nascimento, em algumas unidades de ensino, a direção tem impedido a entrada dos manifestantes.
"Estamos tendo dificuldade de entrar em algumas escolas como, por exemplo, Centro Educacional de Tempo Integral Zilda Arns, na Comunidade Jesus Me Deu. A direção ordenou os seguranças a trancarem os portões e impediu nossa entrada na escola, agindo como verdadeiros ditadores em uma época que a ditadura não é mais realidade nas escolas. Os diretores devem representar e defender os anseios da comunidade escolar", relatou o coordenador de Direitos Humanos.
Nesta manhã, professores da Escola Estadual Eldah Bitton Telles da Rocha, na Compensa 2, Zona Oeste, fizeram uma caminhada até a Ponte Sobre o Rio Negro para demonstrar apoio ao protesto. O professor Jerônimo Lira, que esteve na passeata, disse que a classe está com salário defasado há anos. "Queremos reajuste de 15% real no nosso salário", afirmou.
Professores da Escola Estadual Eldah Bitton Telles da Rocha, em caminhada (Foto: Reprodução/TV Amazonas)
Caso durante a manifestação na sede do Governo não haja atendimento das
reivindicações, a categoria disse que poderá deflagrar uma greve
articulada pela Asprom, Movimento Candiru e Movimento de Luta dos
Professores de Manaus (MLPM), que também apoia a paralisação.Sindicato não apoia
Já a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) divulgou que é o representante legítimo da categoria e reafirmou que não existe deliberação nos fóruns da entidade sobre qualquer paralisação. "O sindicato não se responsabiliza e rechaça veementemente qualquer ação de pessoas que têm interesses alheios ao fortalecimento e à unidade dos trabalhadores e das trabalhadoras em educação", comunicou em nota.
O Sindicato informou ainda que na quarta-feira (22) foi recebida pelo governador Omar Aziz, dando sequência à negociação da categoria para apresentar a contraproposta de reajuste definida em assembleia geral no dia 10 deste mês. De acordo com a nota, o Sindicato continua em processo de negociação com o governo do estado.
Data base garantida
O secretário de Estado de Educado do Amazonas, Rossieli Silva, informou que a adesão ao movimento é considerada pequena. O secretário disse ainda que o Governo já garantiu um reajuste retroativo de março aos professores. "O que o Governo está fazendo são as analises de quanto a gente vai conseguir pagar, de que forma vamos pagar. Nós estamos concluindo essas analises até a próxima semana, que deverá ser anunciado pelo governador e enviado à Assembleia. É importante dizer é que a data base é garantida retroativamente até o dia 1º de março deste ano", disse o secretário de Educação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário