MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Rainha Elizabeth promete mais rigidez na imigração

Agência Reuters

A coalizão de governo britânica colocou nesta quarta-feira, 8, o combate à imigração no centro de sua pauta legislativa, na esperança de interromper o êxodo de eleitores na direção de um partido populista anti-imigração antes de uma eleição nacional em 2015.
Na rebuscada cerimônia anual de abertura do Parlamento, a rainha Elizabeth 2a disse que uma nova lei de imigração deverá "assegurar que este país atraia pessoas que irão contribuir, e deter aquelas que não irão".
Envergando sua coroa, a rainha leu o plano de governo dias depois de o Partido da Independência do Reino Unido (Ukip) ter um excelente resultado nas eleições locais, apresentando uma ameaça às chances de reeleição do premiê conservador David Cameron em 2015.
O programa para o ano legislativo contém outros projetos, mas o governo optou por salientar a ação sobre a imigração. Estavam notavelmente ausentes projetos de lei para resolver grandes questões, como a economia e a relação da Grã-Bretanha com a União Europeia.
Questionar a imigração foi durante anos algo visto na Grã-Bretanha como uma atitude racista. Mas os três principais partidos começaram a falar grosso sobre o assunto depois que pesquisas mostraram que essa é uma das maiores preocupações do eleitorado num momento de economia fraca.
O Ukip e jornais locais sugerem que a Grã-Bretanha corre o risco de ser inundada por "hordas" de romenos e búlgaros no ano que vem, quando as restrições da UE à sua liberdade de movimento expiram.
O novo projeto exige que senhorios confiram o status migratório de inquilinos, impõe multas pesadas a empresas que usem trabalho de imigrantes indocumentados e limita o acesso de recém-chegados ao Serviço Nacional de Saúde. Também facilita deportações e dificulta tentativas de contestá-las.
A maioria dos analistas acha que a ascensão do Ukip, que deseja retirar o Reino Unido da União Europeia e fechar a "porta aberta" para a imigração, fez com que o debate imigratório se inclinasse para a direita.
O diretor da entidade British Influence, Peter Wilding, que faz campanha pela permanência do país na UE, diz que a questão está sendo exagerada. "Precisamos ser realistas sobre a imigração europeia", disse ele à Reuters. "Menos de 1 em cada 50 migrantes da UE já solicitou benefícios aqui."

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