A música é a forma mais pura
e harmoniosa que Deus encontrou nos sons e silêncio da natureza para criar a mais
bela arte do Universo! A música é capaz de transformar o tempo, o raciocínio, a
lógica, a vida!...
Provavelmente, a história da música
confunde-se com a própria história da inteligência evolutiva, da cultura do ser
humano. Um sábio disse que dentro todas as "artes”, a música é considerada
a arte da representação, por ser sublime, porque ela é a arte do espetáculo, do
soberano!
A música é cultura, educacão, emoção, é
humana, faz parte da vida. Não existe lugar no mundo, civilização, comunidade que
não possua algum tipo de manifestão musical. Penetre nos cafundós do Amazonas,
deserto do Saara, no infinito do Universo e encontrará algum tipo de som. O ser
humano não sobrevive sem o som musical!
Como seria a festa sem música, o cinema sem o
fundo musical? Como seria a vida sem Roberto e sua
turma nas jovens tardes de domingo? João não teria Tom porque a Bossa Nova não
existiria! Caetano, Gal não seriam tropicalistas, como também não teríamos o
Samba do Zeca, o Axé de Ivete, de Brown, o Sertanejo de Zezé, o Pagode do
Harmonia. Como seria a vida sem as recordações do Rock de Elvis, dos Beatles e
do Reggae de Marley? As composições inesquecíveis de Beethoven, Bach, Chopin,
Mozart, certamente que sem a música não
existiria a vida, e, se por acaso ela insistisse, seria um erro, porque até as
árvores, plantas, flores morreriam!, e o mundo seria árido, só areia, pedras,
rochas e poeiras!
A música por pior que possa parecer ao ouvido de alguém, na
verdade, ela produz todos os sentimentos de reflexão, de afeto por alguma
coisa, sobretudo, amor por alguém. A sabedoria lembra que as matas seriam muito
silenciosas se só cantassem os pássaros de cantos mais bonitos, por isso, é
fácil compreender que todos os tipos de música têm o seu valor!
Desde pequeno, durmo, acordo, ando, em casa, no carro, bar, festa, onde quer
que eu esteja, a música me acompanha. Ela é absoluta aos ouvidos! A música
alivia a minha alma, faz-me relembrar, sorrir, chorar, dançar, até cantar. Afloram
sentimentos que estimula a minha energia
e confundem meu coração. Motiva-me à festa e eleva o meu raciocínio. A música
penetra no âmago da minha alma, devorando-me, numa linguagem que, às vezes, a
razão não compreende!...
O poeta diz que na música o próprio silêncio tem ritmo, que a cor
é a música dos olhos, e quando o artista usa a pintura para transformar o
espaço em tempo, a música transforma o tempo em espaço, por isso ela é o
alimento do amor, e o amor é a razão da vida. Shakespeare, no momento de
esplêndida sabedoria, disse que o homem que não possue a música em si mesmo,
que não se emociona com a suave harmonia dos sons, está maduro para a traição,
o roubo, a perfídia. Sua inteligência é morna como a noite, suas aspirações
sóbrias como o erebo, por isso desconfia de tal homem! E Anton Tchokhov disse
que “a música e o vinho sempre foram para ele um magnífico saca-rolha”. Eu, como
amante dos dois, afirmo que não existe junção melhor para aliviar ou arrasar
mágoas de amor do que vinho e música.
Não posso imaginar a vida sem música!...
Sérgio Belleza é autor dos livros, Caminhado
com Walkyria e Ascensão e Queda de um
Império Econômico.
sergio@albani.com.br /
www.serbiobelleza.com.br
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