MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 30 de novembro de 2013

Grupo vai combater impacto dos agrotóxicos no Rio Grande do Sul


Reportagens publicadas por Zero Hora repercutiram na criação do fórum gaúcho

ZERO HORA
Na tentativa de articular as diferentes frentes de atuação dos ministérios públicos Federal (MPF), Estadual (MPE) e do Trabalho (MPT) relacionadas ao comércio e uso descontrolados de defensivos e suas consequência para agricultores, consumidores e no ambiente, foi criado nesta sexta-feira na Capital o Fórum Gaúcho de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos. Além de promotores e procuradores, o grupo terá a participação de membros de órgãos e entidades ligados ao setor primário e à área da saúde.
O fórum do Rio Grande do Sul será o sexto no Brasil. O próximo passo agora é criar comissões temáticas que devem tratar de questões mais específicas relacionadas ao problema dos agrotóxicos, como ações educativas, proposições de aperfeiçoamento da legislação, normas de proteção à saúde e aprimoramento de coleta de dados em programas que analisam resíduos de químicos nos alimentos.
_ O agrotóxico não é um problema do campo. É da cidade também porque se usa demais e isso chega à mesa do consumidor _ observa o coordenador do fórum nacional, Pedro Luiz Gonçalves Serafim da Silva, procurador do Trabalho em Pernambuco, lembrando que, enquanto o governo federal cria programas para incentivar a agricultura familiar a fornecer alimentos para as escolas, os produtores não recebem assistência técnica sobre agrotóxicos.

Na mesa composta para a solenidade de criação do fórum, repercutiram as reportagens publicadas por Zero Hora no domingo e na segunda-feira. Além da falta de controle no comércio, foram referidos dados sobre crescimento do número de aplicações de inseticidas nas lavouras ao longo das últimas décadas e avanço bem superior do uso de agrotóxicos em relação à área plantada no Brasil.
A venda irregular de agrotóxicos pela internet, mostrada por ZH, pode ser combatida sem a criação de novas leis, avalia Noedi Rodrigues da Silva, procurador do trabalho no Estado e escolhido para coordenar o fórum gaúcho. O comércio online abre espaço para a negociação de produtos proibidos, venda por empresas sem licença para o comércio de agrotóxicos, entregas pelo correio, o que é proibido, e o fracionamento dos produtos, o que também é ilegal.
_ O que a gente pode fazer é saber quem vende, quem anuncia e quem está entregando e enquadrá-los nas leis que já existem _ entende Silva. O primeiro encontro do grupo será na próxima quinta-feira.
LINHAS DE AÇÃO DO FÓRUM GAÚCHO
_ Estimular ações educativas
_ Receber denúncias
_ Propor o aperfeiçoamento da legislação
_ Debater normas de proteção à saúde
_ Melhorar coleta de dados
_ Incentivar novas pesquisas

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