MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Hotel que vai pagar R$ 20 mil ao José Dirceu é do irmão do dono de um partido político. É o mensalão ao contrário.


O hotel que contratou o ex-ministro José Dirceu para trabalhar em Brasília, chamado Saint Peter Hotel, pertence ao irmão do presidente do PTN, um dos dez partidos que entraram na coligação que apoiou a candidatura de Dilma Rousseff a presidente da República em 2010. A carteira de trabalho de Dirceu indica que ele ganhará R$ 20 mil como gerente administrativo do estabelecimento – se a Justiça autorizar o pedido dele de deixar a prisão de dia para trabalhar.
O dono do Hotel é Paulo Masci de Abreu, irmão de José Masci de Abreu, mais conhecido como Dr. José de Abreu, presidente nacional do PTN. Eles são amigos de longa data de José Dirceu. Antes que a proposta de emprego fosse concretizada, a família Abreu fez uma análise jurídica para saber se teriam problemas ao ajudar o amigo petista.
Sigla pequena, o PTN foi o único dos partidos que apoiaram formalmente Dilma a não conseguir eleger deputados federais. Recentemente, a sigla apareceu no noticiário por ter assediado a ex-ministra Marina Silva. O próprio José de Abreu esteve no julgamento em que o Tribunal Superior Eleitoral negou o registro para o Rede Sustentabilidade a fim de, ao final da sessão, falar com Marina, mas não obteve sucesso.
Carteira assinada no dia 18
Na segunda-feira, o advogado de Dirceu, José Luis Oliveira Lima, protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que Dirceu saia de dia da prisão da Papuda, em Brasília, onde cumpre pena em regime semiaberto por ter sido condenado no mensalão, para trabalhar no hotel St. Peter como gerente. Ele voltaria para a prisão no fim da tarde. O trabalho seria das 8h às 17h.
O mesmo pedido foi feito nesta terça-feira pela defesa à Vara de Execuções Penais (VEP) do DF. A assessoria de imprensa do STF informou que o assunto deve ser analisado pela vara, a quem Barbosa delegou parte das tarefas da execução das penas do mensalão. No regime semiaberto de prisão, o sentenciado pode trabalhar fora se conseguir autorização judicial. Para isso, tem que comprovar oferta de emprego.
A carteira de trabalho de Dirceu foi assinada no dia 18 de novembro pelo hotel St. Peter. Na documentação encaminhada ao STF, o hotel informa que Dirceu apresentou formalmente sua pretensão de tornar-se gerente administrativo do estabelecimento no dia 18, e em seguida foi admitido no quadro de funcionários, tendo assinado contrato e carimbado sua carteira de trabalho.
No contrato de trabalho, o hotel afirma que “tem plena ciência e anui com as condições do empregado”. (Valor Econômico) 
BLOG DO CORONEL

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