MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 11 de janeiro de 2014

Álcool mais energético afetam coração

por
Maíra Cortes
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Para muitos baianos e turistas, o verão na Bahia é sinônimo de festa e agito. Com isso, alguns deles aproveitam o clima da alta estação para exagerar na bebida alcoólica. Mas há quem não se contente apenas com os efeitos do uísque ou da vodca e aumente a adrenalina adicionando algum energético. Entretanto, especialistas chamam atenção para essa combinação perigosa e cada vez mais comum, principalmente entre os jovens.
“Tanto a bebida alcoólica quanto a energética contém substâncias que são estimulantes. Quando combinadas, uma potencializa a ação da outra, podendo causar ataque cardíaco, arritmia, chegando até a morte súbita”, revela o toxicologista Daniel Rebouças, diretor do Centro de Informação Antiveneno, da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). A busca pelo efeito rápido que as bebidas misturadas causam como sensação de destemor,  liberdade e coragem faz aumentar a procura pelos consumidores.
A estudante  Mariana Silva confessou que já experimentou a combinação, mas não costuma consumir sempre. “Quando bebo uísque sempre misturo com um energético porque deixa um sabor mais agradável, além me deixar mais elétrica para curtir a noite. Mas nem sempre bebo”, pondera. Ela conta que isso é muito comum na roda de amigos porque “eles querem sentir o efeito mais rápido da bebida. Quase todos fazem isso sem problema algum, pelo menos aparentemente”, completa.
O que a estudante e os amigos não se atentaram ainda é que a combinação afeta diretamente o sistema nervoso, cerebral, além do fígado. “O álcool por si só já interfere no processo interno do organismo, independente da quantidade. Ao ser misturado com outro estimulante, seja ele qual for, faz com que o coração do indivíduo acelere demais ou pare de vez”, alerta Daniel Rebouças. Ainda de acordo com o toxicologista, o a situação se agrava com o passar dos anos, já que com o avanço da idade costuma aparecer determinados tipos de doenças.
Um estudo norte-americano observou que a combinação altera a percepção cognitiva dos consumidores, aumentando a sensação de excitação, que já é ativada com a ingestão do álcool. Esta sensação combinada com o comprometimento do controle dos impulsos deixa a mistura perigosa. O diretor Daniel Rebouças usa matemática para fazer entender a potência das suas bebidas juntas. “Na matemática, 2+2=4. Nessa combinação 2+2= 22, o que reforça o poder multiplicador do efeito provocado pela mistura”.

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