MEDIÇÃO DE TERRA

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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Argentinos não abrem mão das férias nas praias gaúchas e catarinenses


Em Torres, hotéis esperam pela chegada dos primeiros grupos a partir da próxima semana

ZERO HORA
Argentinos não abrem mão das férias nas praias gaúchas e catarinenses Ricardo Duarte/Agencia RBS
“El Capitán” Guillermo (à direita) lidera a caravana do país vizinho Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS
Apesar do câmbio desfavorável para os argentinos e de o governo do país vizinho ter aumentado o imposto sobre gastos com cartão de crédito no Exterior, os "hermanos" não devem deixar de passar férias nas praias gaúchas e catarinenses.
Em Torres, a preferida dos turistas argentinos no Rio Grande do Sul, hotéis que oferecem pacotes em parceria com agências de viagens esperam pela chegada dos primeiros grupos a partir da próxima semana.
Conforme o coordenador da Casa do Turista de Torres, Milton Pacheco, mesmo os que viajam por conta própria, a maioria de carro, historicamente também procuram o litoral gaúcho em maior número no mês de janeiro. No primeiro mês de 2013, dos 2.219 turistas atendidos no posto de informações, 1.197 eram argentinos — mais da metade do público.
O presidente da Associação dos Hotéis, Restaurantes e Bares de Torres, Euclides Rodrigues, projeta que a ocupação hoteleira da cidade pelos argentinos mantenha em 2014 a média de 20% do total de hospedagens, que tem sido o índice padrão dos últimos anos. Na década de 1980, os turistas argentinos chegavam a responder por 80% da ocupação dos hotéis de Torres.
— A presença de argentinos neste veraneio não deve se alterar em relação a 2013. Eles têm uma cultura diferente da nossa. Não deixam de viajar. Preferem gastar um pouco mais e pegar uma praia melhor, já que lá a água do mar é muito fria — observa Rodrigues.
Uma das vantagens de receber argentinos na cidade, segundo o presidente da associação hoteleira, é o tempo de permanência: em média, eles ficam 10 dias por aqui.
Para argentinos, Brasil é mais caro, "pero no mucho"
A secretária Teresa Dri, 58 anos, e o autônomo Edgardo Gil, 47, chegaram a Torres no dia 30 de dezembro, para passar 12 dias. Optaram por alugar uma casa, onde estão também a irmã e o cunhado de Teresa, Ana Maria Dri, 61 anos, aposentada, e Roberto Ricagno, 63, comerciante, além da prima Graciela Dri, 58, professora, e a amiga Nélida Manfio, 70, aposentada.
A turma começou a frequentar a praia gaúcha nos anos 1980. Nas primeiras caravanas, o grupo chegou a subir até Santa Catarina em algumas oportunidades, mas neste ano resolveu voltar a se hospedar em Torres para evitar a tranqueira da BR-101.
Teresa reconhece que a situação econômica da Argentina torna o câmbio desfavorável. Ainda assim, a viagem para o Brasil não está saindo tão caro, garante:
— Os preços são bem parecidos. A praia é muito linda, e as pessoas nos recebem bem.
Vindos de Santa Fe, a secretária Paloma Bareta, 25 anos, e o empresário Lucas Bareta, 35, estão pela primeira vez em Torres, com a filha Jorgelina, de um ano e meio. O convite partiu de Guillerno Gualdoni, 49 anos, "el capitán", como diz Lucas. Guillermo já esteve em Torres cinco vezes. A cada vez que retorna, traz mais um grupo de amigos.
— Já viemos em 25 pessoas. Aqui é muito tranquilo, e os brasileiros são muito amáveis — justifica.
Desta vez, o grupo é composto de 10 turistas, todos instalados na mesma casa, alugada para as férias. E a questão econômica não foi empecilho para que Lucas e Paloma aceitassem o convite do amigo para passar 15 dias no litoral gaúcho. Segundo o casal, a beleza da praia ajuda a compensar o investimento.
— Na Argentina também está caro. Os preços daqui estão iguais ou até mais baixos do que lá — diz Lucas.
ZERO HORA

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