MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 25 de janeiro de 2014

Ato em Ipanema tem privadas para protestar contra esgoto na praia


'Bacteriato' tinha objetivo de criticar infraestrutura de saneamento no Rio.
Rede voluntária fez ainda mapa de vazamentos 'in natura' na cidade.

Do G1 Rio

Rio de Janeiro Bacteriato em Ipanema critica o despejo de esgoto nas praias cariocas (Foto: Glenda Almeida/ G1)Vasos sanitários nas areias representavam despejo de esgoto no mar, em 'Bacteriato' que aconteceu em Ipanema, Zona Sul do Rio (Foto: Glenda Almeida/ G1)
Os voluntários da rede Meu Rio foram para as areias de Ipanema na manhã deste sábado (25) para realizar o “bacteriato”, um protesto contra o derramamento de esgoto no mar, que polui as praias cariocas.
Os voluntários expuseram uma mapa  que mostrava onde o esgoto é despejado in natura no Rio. Vasos sanitários também “decoravam” o protesto, e desenhos na areia representavam as principais bactérias presentes no esgoto, causadoras de doenças no ser humano.
Rio de Janeiro Voluntários do 'Meu Rio' desenharam na areia as bactérias presentes no esgoto (Foto: Glenda Almeida/ G1)Desenhos na areia representam as bactérias
encontradas no esgoto (Foto: Glenda Almeida/ G1)
“Nós desejamos falar sobre o ‘invisível’ de uma forma interessante, porque ninguém gosta de falar sobre esgoto”, disse Leona Deckelbaum, uma das organizadoras do evento. Ela é israelense, e mora no Rio há dois anos. “Desde quando me envolvi com a causa e passei a pesquisar sobre o esgoto da cidade, não consegui mais entrar no mar por saber da poluição. Isso é horrível,  inaceitável”. De acordo com os dados levantados pelo grupo, 18 mil litros de esgoto são despejados na Baía de Guanabara a cada segundo. 
A ação faz parte de um movimento chamado "Verão de Saneamento", do Meu Rio, que tem o objetivo de alertar as pessoas e chamar atenção do poder público sobre os problemas do saneamento na cidade. Entre as metas das ações está a implementação de redes de esgoto regularizadas nas favelas.

Sueli Nascimento, documentarista voluntária do projeto, criticava durante o ato a Cedae e o poder público. “Eles gastam milhões para fazer caminhos por onde o esgoto deve passar, mas não investem em tratamento. O mar não obedece ordens, e o lixo volta para a praia. Além de tudo isso, não colocam placas em lugares impróprios para o banho. Na minha opinião, isso sai caro para o turista”, opina. Entre as bactérias desenhadas na areia, através de uma técnica chamada "stêncil", está a salmonela. Segundo o IBGE, 40% das residências no Brasil não têm rede coletora de esgoto.
O ato foi feito na direção do emissário submarino da Cedae, que leva o esgoto diretamente para o mar. O protesto começou às 9h, em frente à Rua Teixeira de Melo. Este é o quinto ato do projeto "Verão de Saneamento".

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