'Médicos estão escolhendo apenas o casos mais graves', diz diretor do HUT.
Hemopi está coletando apenas um terço da demanda exigida.
Hemopi está coletando apenas um terço da demanda necessária, diz Rosângela (Foto: Gilcilene Araújo/G1)
O diretor do Hospital de Urgência de Teresina
(HUT), Gilberto Albuquerque, afirma que o baixo estoque de bolsas de
sangue do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi) faz com
que a unidade de saúde faça uma triagem entre os casos mais graves.“O estoque está baixo e estamos preocupados com isso. Não deixamos de fazer nenhuma cirurgia, mas o que vem acontecendo é que os médicos estão escolhendo os casos mais graves com medo de acabar com o estoque de bolsas”, afirma Gilberto.
Gilberto Albuquerque, diretor do HUT (Foto: Ellyo
Teixeira/G1)
Segundo o diretor, o HUT necessita em média de 800 bolsa de sangue por
mês, mas que está recebendo 75% da demanda. “Em novembro, por exemplo,
precisamos de 911 bolsas e o Hemopi repassou 595. As cirurgias no fêmur,
de vítimas de disparos de armas de fogo e esfaqueados são os tipos que
exigem uma maior quantidade de sangue”, contou Albuquerque.Teixeira/G1)
Vitor Guilherme Barros doou sangue pela primeira
no Hemopi (Foto: Gilcilene Araújo/G1)
Desde o início da semana que o Hemopi afirma que seus estoques estão
baixos e que o Centro também está fazendo uma triagem para os pedidos
dos hospitais. “Vamos analisar a urgência do pedido. Se for cirurgia de
emergência, mandamos, mas se for cirurgia eletiva, nós deixamos para
depois. A demanda de doação está muito baixa, em contrapartida a
solicitação dos hospitais aumentou. Precisamos de 300 bolsas por dia,
mas estamos coletando entre 80 e 100 bolsas. Um terço”, relatou
Rosângela Mendes, responsável pelo setor de distribuição do órgão.no Hemopi (Foto: Gilcilene Araújo/G1)
Doadores são direcionadas
Socorro Sena , assistente social do Hemopi, afirma que é feito um trabalho de conscientização nas escolas para a criação de novos doadores. Entretanto, diz ela, a amaioria dos doadores vem até o Centro por necessidade de doação para familiares e amigos que estão doentes ou acidentados .
É o caso de Vitor Guilherme Barros, de 19 anos, que doou sangue pela primeira vez para ajudar um tio internado no Hospital Nathan Portela. “Eu não sei o tipo de sangue que meu tio precisa, mas eu e parte da família estamos vido ao Hemopi para doar”, relatou.
Já Edvan Lopes, 31 anos, diz ser doador há sete anos, mas que estava no Centro nesta quarta-feira por conta de uma amiga doente. ”Doo com certa frequência, mas hoje especialmente porque uma amiga está internada com leucemia e precisando de sangue”, disse.
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