Para evitar registros esdrúxulos, MP emitiu recomendação aos cartorários.
Quando pais insistem na escolha, casos são enviados para análise de juiz.
Cartório de Goiânia já registrou nomes como Cibalena, Antão e Aids 2 (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Imagine a dificuldade enfrentada por uma pessoa que se chama
Adomervilho ao ter que explicar diariamente seu nome. Ou outra que foi
batizada como Antão. Parece brincadeira, mas estes são dois dos vários
nomes esquisitos registrados em um cartório de Goiânia.
E estes ainda não são os mais diferentes. Segundo o proprietário do
local, Antônio do Prado, já houve casos em que os pais deram aos filhos
os nomes de Cibalena [nome de um remédio] e até Aids.O cartorário, que já tem 58 anos de profissão, conta que já presenciou viu muitos nomes esquisitos. Quando o caso é muito sério, ele é obrigado a intervir e passar o assunto para a esfera judicial. "Esses dias veio uma pessoa aqui para registrar o nome de Homi Pereira da Silva. Nós orientamos [a mudá-lo], mas ele insistiu. Aí nós tivemos que suscitar dúvida ao meu superior, que é o juiz da Vara do Registro Público. Ele foi embora para conversar com a mulher e voltou no outro dia para registrar o filho com outro nome", explica.
Nomes esquisitos
Antônio do Prado afirma que nomes considerados esdrúxulos eram comuns há muito tempo. "Antão, Hac Chelen, Hachem Hido, Adomervilho", lê o cartorário uma lista com alguns dos nomes mais esquisitos. Em alguns casos mais extremos, como Cibalena e Aids, os registros já foram retificados e trocados para não constranger quem foi batizado com eles.
Atualmente, segundo o dono do cartório, a maioria das pessoas busca pela simplicidade. Tanto que os cinco nomes mais registrados em Goiás são comuns: Isabelle (quatro registros por dia), Manuella (três), Julia (três), Davi (três) e João Pedro (três).
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