por
Adriano Villela
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Em 2013, um dos segmentos comerciais de maior desempenho
foi a revenda de combustíveis. A nível nacional, segundo o Sindicato
Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes
(Sindicom), a expansão na comercialização do produto foi de 5,2%, mais
do dobro do projetado para a economia como um todo – analistas preveem
uma alta do Produto Interno Bruto de 2,3% a 2,5%. No segmento carros de
passeio, esta alta pode chegar a 6,7%.
Ainda que fatores sazonais tenham contribuído para o
aquecimento do setor, o descolamento dos combustíveis do restante da
economia vem se consolidando na década. O Sindicom informou que a alta do ano passado – possibilitada pela vendagem de 125 bilhões de litros – se repete desde 2010.
Na Bahia, dados da Agência Nacional do Petróleo apontam para um crescimento
de 9%, enquanto no Nordeste, a elevação chega a 10%. No ano retrasado,
somando todos os tipos de combustível, as vendas totalizaram 6,8 bilhões
de litros, enquanto em 2013, até novembro, já tinham sido consumidos 6
bilhões de litros do produto, ainda segundo a ANP. Destaque total para o
álcool, ou etanol hidratado. Neste produto, com dados até novembro, a
agência nacional de petróleo identifica uma elevação recorde de 23% no
intervalo de 12 meses. Mesmo faltando dezembro, as vendas do ano
passado (217 milhões de litros) já ultrapassam 2012, quando na Bahia
foram comercializados 197 milhões de litros.
Para o Sindicom, os números mostram que o varejo permanece ativo
mesmo com o PIB considerado baixo. “Em 2013, o aumento da demanda foi
expressivo, em função da melhoria da renda dos consumidores”, avaliou,
para a revista Notícias Sindicom, o diretor de Mercado e Comunicação da
Entidade, César Guimarães.
Na publicação já citada, o Sindicom ressalta que o etanol hidratado
(nas vendas) “foi favorecido pelo aumento da oferta e, em alguns
estados,do preço vantajoso, equivalente ou inferior a 70% do valor da
gasolina. Outro fator que influenciou o bom desempenho do hidratado foi a
desoneração do PIS e da Cofins. No Nordeste, contudo, a alta foi menos
significativa do que na Bahia - 6,8% no intervalo de 12 meses, referente
à venda de 623 milhões de litros.
Ainda nos dados do estado, dados da ANP projetam
uma expansão de 6,4% em cima dos 1,8 bilhão de litros de gasolina
vendidos em 2012. Já o óleo diesel tem crescimento previsto de 7,2%. Em
2012, foram distribuídos 3,1 bilhão de litros do produto.
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