MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 4 de janeiro de 2014

Criança que tem doença rara aguarda liberação de remédio para tratamento


Medicamento que é importado tem que ser liberado pela Anvisa.
Menina está tomando o remédio em comprimido até o outro chegar.

Elisangela Farias Do G1 TO
Rafaela com a mãe, Rosilda Ferreira da Silva: elas aguardam a entrega do medicamento (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Rafaela com a mãe, Rosilda Ferreira da Silva: elas
aguardam a entrega do medicamento
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
O remédio para o tratamento da menina Rafaela Sousa Ferreira, de apenas oito meses, ainda não foi entregue pelo governo do estado à família, que mora em Araguaína, no norte do estado. Ela tem uma doença rara que faz o pâncreas produzir insulina em excesso e precisa do medicamento importado, que custa caro para os pais dela.
Em setembro deste ano, os pais entraram na justiça para que o Estado fornecesse o remédio. A última nota enviada pela Secretaria de Estado da Saúde, informava que o remédio já tinha sido adquirido e que estava em São Paulo aguardando a liberação da Anvisa, que aconteceria no prazo de 48h. O último dia para este medicamento chegar ao Tocantins seria no dia 13 de dezembro.
Desde que entraram na justiça para conseguir o remédio, o pai da criança, o mototaxista Cleidivam Sousa, conta que conseguiram comprar dois frascos do diazóxido, com a ajuda de amigos, mas que esses acabaram e agora a menina toma o medicamento em comprimido. “Encontramos uma menina, que tem o mesmo problema, e ela toma em cápsula, conseguimos uma cartela e ela está tomando um comprimido de oito em oito horas”, explica.
Ele conta que é o mesmo medicamento, mas não tem o mesmo efeito do líquido. “A doutora que acompanha ela [criança] aqui [Araguaína] disse que podia tomar, mas é fraco. A glicemia dela que devia ser de 70 a 110mg/dl está com 50 a 60 mg/dl”, conta, acrescentando que a cartela dura um mês e que “não está resolvendo.”
Tratamento contínuo
A criança tomava o medicamento líquido, três vezes ao dia. A cada oito horas eram 0,4 ml, totalizando 1,2 ml ao dia.  Os pais já chegaram a aumentar os intervalos entre uma dose e outra, como medo de que o remédio acabasse. "Estamos dando de 12 em 12 horas, para ganhar mais tempo até que o estado possa ceder o medicamento."
Nesta sexta-feira (3), a Sesau informou, por nota, que a mãe da paciente Rafaella Souza retirou no dia 30 de dezembro de 2013, 100 cápsulas de comprimidos do medicamento diazóxido na Assistência Farmacêutica de Araguaína, conforme prescrição médica, que alterou da forma líquida para comprimidos, dando continuidade ao tratamento da paciente.
A Sesau disse ainda que enviou toda a documentação necessária para liberação do medicamento comprado na forma líquida e aguarda a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por se tratar de medicamento importado.
Enquanto o remédio não chega, o pai diz que não sabe mais o que fazer. “Sinceramente, não sei mais quem procurar. É ter fé em Deus e esperar.”

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