MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Denúncias levam hospitais a mudar atendimento de câncer em MS


Instituições ainda buscam melhorar prestação de serviços a pacientes.
Assunto foi mostrado em reportagem do Bom Dia MS desta quarta-feira (15).

Do G1 MS

As mudanças ocorridas em 2013 na gestão de hospitais e no atendimento aos pacientes com câncer em Campo Grande foram consequência de uma das maiores investigações policiais na saúde pública de Mato Grosso do Sul. Denúncias de fraudes, desvio de dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS), tráfico de influência e formação de quadrilha ainda estão sendo apuradas pelas autoridades. A série Retratos da Saúde, exibida pelo Bom Dia MS, mostra nesta quarta-feira (15) o que já mudou e o que ainda será feito em Campo Grande para melhorar o serviço prestado no setor da oncologia.
O Hospital de Câncer passou por uma profunda reestruturação nos últimos meses para garantir transparência na aplicação dos recursos do SUS e qualidade no atendimento aos pacientes. A instituição foi alvo da Operação Sangue Frio, que apura irregularidades no setor. Em março de 2013, toda a diretoria foi afastada. À época, o Ministério da Saúde montou uma força-tarefa que, inicialmente, resultou em recomendações no protocolo de atendimento em toda a rede de oncologia. A principal mudança foi a forma de atender os pacientes. Para isso, o corpo clínico teve reforço de cinco médicos contratados. A instituição atende 6,6 mil pacientes por mês. Além do repasse da verba do SUS, o hospital recebe doações da comunidade e precisou adequar o quadro de funcionários. A prestação de contas é divulgada mensalmente no mural do hospital.
A chegada de novos aparelhos de radioterapia ao estado é a grande expectativa para este ano. Além de reduzir o tempo de espera pelo tratamento, os hospitais poderão garantir aos pacientes, em um mesmo local, desde serviços mais simples até a alta complexidade. Em Campo Grande, atualmente apenas uma clínica particular e o Hospital de Câncer têm aceleradores lineares em funcionamento. Em 2012, a Santa Casa rejeitou um novo aparelho. O hospital optou por não participar do plano de expansão dos serviços de radioterapia do Instituto Nacional do Câncer (Inca). O serviço permanece terceirizado para a uma empresa envolvida no esquema denunciado durante a Operação Sangue Frio.
O Hospital Universitário (HU) também havia rejeitado o acelerador linear do Inca, mas foi obrigado pela Justiça a voltar atrás na decisão. Durante as investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), o então diretor do hospital José Carlos Dorsa deixou o cargo sob suspeita de corrupção e de ter contribuído para o sucateamento do setor de radioterapia do hospital. A tecnologia usada no tratamento de radioterapia no HU é de bomba de cobalto, só que o setor está desativado há oito anos. Em 2013, após a Operação Sangue Frio, foi reaberto, mas em poucos dias voltou a fechar as portas e até hoje não há profissionais suficientes para tocar o serviço. A nova direção do hospital pretende reativar o serviço ainda este ano, mas depende da realização de um concurso público para contratar profissionais.

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