Instituições ainda buscam melhorar prestação de serviços a pacientes.
Assunto foi mostrado em reportagem do Bom Dia MS desta quarta-feira (15).
O Hospital de Câncer passou por uma profunda reestruturação nos últimos meses para garantir transparência na aplicação dos recursos do SUS e qualidade no atendimento aos pacientes. A instituição foi alvo da Operação Sangue Frio, que apura irregularidades no setor. Em março de 2013, toda a diretoria foi afastada. À época, o Ministério da Saúde montou uma força-tarefa que, inicialmente, resultou em recomendações no protocolo de atendimento em toda a rede de oncologia. A principal mudança foi a forma de atender os pacientes. Para isso, o corpo clínico teve reforço de cinco médicos contratados. A instituição atende 6,6 mil pacientes por mês. Além do repasse da verba do SUS, o hospital recebe doações da comunidade e precisou adequar o quadro de funcionários. A prestação de contas é divulgada mensalmente no mural do hospital.
A chegada de novos aparelhos de radioterapia ao estado é a grande expectativa para este ano. Além de reduzir o tempo de espera pelo tratamento, os hospitais poderão garantir aos pacientes, em um mesmo local, desde serviços mais simples até a alta complexidade. Em Campo Grande, atualmente apenas uma clínica particular e o Hospital de Câncer têm aceleradores lineares em funcionamento. Em 2012, a Santa Casa rejeitou um novo aparelho. O hospital optou por não participar do plano de expansão dos serviços de radioterapia do Instituto Nacional do Câncer (Inca). O serviço permanece terceirizado para a uma empresa envolvida no esquema denunciado durante a Operação Sangue Frio.
O Hospital Universitário (HU) também havia rejeitado o acelerador linear do Inca, mas foi obrigado pela Justiça a voltar atrás na decisão. Durante as investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), o então diretor do hospital José Carlos Dorsa deixou o cargo sob suspeita de corrupção e de ter contribuído para o sucateamento do setor de radioterapia do hospital. A tecnologia usada no tratamento de radioterapia no HU é de bomba de cobalto, só que o setor está desativado há oito anos. Em 2013, após a Operação Sangue Frio, foi reaberto, mas em poucos dias voltou a fechar as portas e até hoje não há profissionais suficientes para tocar o serviço. A nova direção do hospital pretende reativar o serviço ainda este ano, mas depende da realização de um concurso público para contratar profissionais.
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