MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 12 de janeiro de 2014

Dilma deve trocar comando de 14 ministérios

Em busca de palanques regionais e com ministros pré-candidatos, Dilma deve trocar comando de 14 ministérios

Substitutos, que terão de entregar cargos após eleição, estão sendo discutidos com os aliados

Guilherme Mazui, Brasília
Com a saída de pelo menos nove ministros que disputarão as eleições, além da chegada de aliados, a presidente Dilma Rousseff terá de renovar um terço do seu primeiro escalão. A reforma ainda visa a equalizar o espaço da base, na tentativa de assegurar palanques regionais para a campanha.
As mudanças ocorrerão até fevereiro e podem afetar 14 das 39 pastas do governo. Alexandre Padilha (Saúde), Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Fernando Pimentel (Desenvolvimento), Aguinaldo Ribeiro (Cidades) e Marcelo Crivella (Pesca) devem disputar o governo de seus Estados. Outros como Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) e Maria do Rosário (Direitos Humanos) tentarão vagas na Câmara.
Os substitutos, que assumirão cientes de que terão de entregar os cargos após a eleição, estão sendo discutidos em reuniões de Dilma com aliados. O PROS, dos irmãos Ciro e Cid Gomes, se articula para assumir uma pasta, contrapartida pelo ingresso na base. Integração Nacional e Portos são opções da sigla, que oferece palanque no Nordeste, região de influência do presidenciável Eduardo Campos (PSB).
O PMDB, do vice-presidente Michel Temer, precisará fazer mudanças em dois dos cinco ministérios que comanda – Agricultura e Turismo. O deputado gaúcho Eliseu Padilha foi sondado, mas assegura que prefere atuar na articulação da campanha presidencial.
Nas pastas lideradas pelo PT, a tendência é efetivar integrantes das atuais equipes, com exceção da Casa Civil, provável destino de Aloizio Mercadante (Educação). A medida evita abafar realizações dos titulares, como o Mais Médicos, principal marca de Padilha.
Promover a ministro os secretários-executivos, aliás, tem sido rotina em anos de disputa presidencial. Segundo o sociólogo Felix Lopez, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Fernando Henrique e Lula adotaram a mesma estratégia.
— O espaço é curto para mudanças, e a substituição não altera as políticas em curso, algo positivo — observa.
O aumento do espaço para ministros de perfil técnico facilita a fiscalização da Presidência sobre projetos prioritários. Mas, para Lopez, é arriscado não ter figuras com peso político:
— Ministros políticos são essenciais na aprovação de medidas pró-governo no Congresso. A governabilidade exige mesclar política e técnica.
ZERO HORA - Brasília

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