Escândalo! Dilma traz mais médicos cubanos e deixa futuros médicos brasileiros sem diploma.
Vejam o artigo desesperado da acadêmica de Medicina Simone
Frattini, da Universidade Gama Filho, fechada pelo Mercadante e pela
Dilma:
Em 1808, Dom João criou a
primeira escola médica no país. Em 2012, a USP revelou que há 198
instituições ensinando Medicina no Brasil, um dos maiores índices
mundiais. Só nos últimos 17 anos, surgiram 96 novos cursos. A maioria em
instituições privadas. Com esse baby
boom, era de se esperar que o Ministério da Educação fiscalizasse e
cuidasse bem das novas escolas; entretanto, também deveria estar atento
às antigas e já renomadas instituições.
Mas o MEC não estava atento...
Não percebia o risco de morte de uma das mais tradicionais: a
Universidade Gama Filho, responsável por formar médicos desde 1965. Ao
olhar apenas para o novo, o MEC se descuidava de quem estava respirando
por aparelhos.
Fossem médicos, os responsáveis
pelo ministério ouviriam o bip-bip, tão comum nos CTIs, falhando. A Gama
Filho começou a fraquejar no fim de 2011. Alunos e funcionários se
manifestaram. O MEC, que, além de não ser médico, não prima pelo
cuidado, não se mexeu. Os sintomas estavam lá. A infecção se alastrava, e
a morte seria questão de tempo. Se fosse médico, teria percebido a
gravidade do caso e poderia salvar a vida de quem ele deveria estar
cuidando.
Em 2013, enquanto se falava da
contratação de médicos estrangeiros, cerca de dois mil acadêmicos de
Medicina da Gama Filho lutavam para continuar seus estudos, em uma
instituição moribunda. Sem assistência do MEC, tanta vontade de
sobreviver não bastaria...
Mas precisamos de mais médicos.
Principalmente bons! Por que, então, não cuidar dos acadêmicos de
Medicina? Por que importá-los de outros países? Por que criar mais
vagas? Fosse o MEC um médico, saberia que não se cobre um machucado
profundo com band-aid. Dependendo da lesão, há que se fazer cirurgia. De
outro modo, ela continua lá. E dói e mata do mesmo jeito...
Em 12 de dezembro de 2013, foi autorizada a abertura de 560 vagas em cursos de Medicina. Até 2017, serão abertas mais 11.447. O baby boom continuará,
sem garantias de que essas novas possibilidades serão bem cuidadas.
Criar vagas não é tão complicado. Difícil é manter a qualidade e ter
certeza de que a educação médica no país está crescendo forte e
saudável. Ao que parece, não está.
Fosse o MEC um médico, saberia
que não basta colocar filho no mundo. É preciso cuidar, alimentar,
vacinar... Mas o ministério não é médico. Não entende nada de Medicina.
Aliás, o MEC e o Ministério da
Saúde não se entendem nada bem. O primeiro abandona os acadêmicos em um
país que grita “Mais médicos”. Fosse o MEC médico, saberia que, se uma
população precisa de remédio, não adianta dar placebo. Uma vez, li que
quem tem fome tem pressa. Quem está morrendo também. Os primeiros dez
minutos no atendimento de emergência são cruciais para a sobrevivência
do paciente.
Ainda bem que o MEC não é
médico. A esta altura, nós, estudantes de Medicina da Universidade Gama
Filho, já estaríamos todos mortos.
BLOG DO CORONEL
BLOG DO CORONEL
Nenhum comentário:
Postar um comentário