Exclusivo! Perda de valor da Petrobras descapitaliza Previ do Banco do Brasil. Aposentados perdem benefício especial e voltam pagar contribuição previdenciária.
Não são apenas os acionistas que estão sendo "roubados" pela má
gestão da Petrobras. Os fundos de pensão que participam do capital da
empresa estão vendo seus investimentos minguarem. Os primeiros
prejudicados são os aposentados pelo Previ,
fundo de pensão do Banco do Brasil, que, tendo em vista o mau
desempenho da Petrobras, começam a pagar o preço da incompetência
petista. Leiam, abaixo, nota oficial informativa:
Prezado Participante,
Após sete anos de utilização dos superávits do Plano 1 contabilizados
em fundos específicos – conforme determinam as normas que regem os
fundos de previdência fechados – será encerrado o pagamento do Benefício
Especial Temporário (BET), bem como será retomada a cobrança das
contribuições. Essa medida se dá em cumprimento às normas que determinam
que a distribuição de superávit só pode ocorrer se a Reserva de
Contingência for equivalente a 25% das Reservas Matemáticas.
O encerramento do pagamento do BET e a retomada da cobrança das
contribuições ocorrem a partir deste mês para todos os participantes do
Plano 1 e também para o Patrocinador.
Cabe lembrar que ao longo desses sete anos de distribuição de
superávits, foram repassados aos associados mais de R$ 10 bilhões em
benefícios, fato inédito na história dos fundos de pensão
brasileiros.Alguns deles foram definitivamente incorporados ao Plano,
como foi o
caso da redução das contribuições em 40%, ocorrida em 2006, e a
incorporação dos benefícios especiais de remuneração e
proporcionalidade.
Com a suspensão das contribuições, a partir de 2007, os associados da
ativa e aposentados foram beneficiados com mais de R$ 4,3 bilhões. Já o
pagamento do BET proporcionou entre 2011 e 2012 um repasse de R$ 4,6
bilhões, beneficiando inclusive pensionistas.
Ciente de sua responsabilidade estatutária, a Diretoria da PREVI
reconhece a importância desses benefícios para a vida de todos os
participantes. No entanto, em consequência do resultado do exercício
encerrado em 31/12/2013, existe a necessidade de recompor a Reserva de
Contingência com os recursos existentes nos Fundos de Destinação e de
Contribuições do Superávit dos Participantes e do Patrocinador, conforme
determina o artigo 18 da Resolução CGPC nº 26/2008.
O Plano 1 permanece superavitário e sem riscos para o seu equilíbrio e
solidez, proporcionando tranquilidade a seus participantes. Contudo, o
excedente contabilizado em Reserva de Contingência ao final de 2013
ficará inferior a 25% das Reservas Matemáticas, exigindo a sua
recomposição. Com isso, será necessário utilizar a totalidade dos
recursos, hoje contabilizados nos Fundos de Destinação e de
Contribuições dos Participantes e do Patrocinador, para cumprir a
regulamentação, não sendo mais possível continuar com o pagamento do BET
e com a suspensão das contribuições.
Para os funcionários da ativa, vale esclarecer que os valores
repassados para o Saldo Individual do BET não serão utilizados na
recomposição da Reserva de Contingência. O saldo é de titularidade do
participante e continuará a ser corrigido até o momento da aposentadoria
do funcionário pela PREVI, conforme estabelecido no artigo 91 do
Regulamento do Plano 1.
A diminuição do superávit acumulado do Plano 1 da PREVI é fruto das
dificuldades conjunturais enfrentadas pelo mercado de capitais (a Bolsa
de Valores iniciou 2013 com 60.952 pontos e fechou o ano em 51.507,
queda de 15,50%). Além disso, houve aumento expressivo das Reservas
Matemáticas do Plano (R$ 9,4 bilhões, aumento de 8,97%), reflexo do
aumento da expectativa de vida dos participantes, dos reajustes
salariais dos colegas da ativa e da correção atuarial dessas reservas
(INPC + 5%).
Convém lembrar que, entre 2003 e 2012, enquanto a meta atuarial do
Plano 1 variou em 207%, as aplicações em renda variável obtiveram uma
rentabilidade de 601%, o que permitiu a utilização dos recursos
excedentes para a melhoria de benefícios aos participantes a partir de
2006, inclusive o pagamento do BET.
Apesar do quadro conjuntural que prejudicou a geração de superávits
superiores a 25% das Reservas Matemáticas, a Diretoria da PREVI mantém a
convicção de que sua Política de Investimentos está no rumo certo e de
que o resultado de 2013 será revertido no futuro com a melhoria no valor
dos ativos, o que pode gerar novos superávits para o Plano.
A Diretoria da PREVI gostaria, mais uma vez, de se solidarizar com
todos os participantes nesse momento. Reconhecemos nosso dever
fiduciário ao tomar essa decisão, com o intuito de cumprir as normas
vigentes, proteger a PREVI e garantir sua solidez ao longo do tempo. Em
um contexto econômico desafiador, a gestão deve ser cada vez mais
prudente com os recursos dos participantes que receberão seus benefícios
ao longo de muitos anos.
Diretoria Executiva
Diretoria Executiva
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