'Percebo que eles trabalham melhor assim', diz diretor executivo de empresa.
Guardas Municipais de Vitória também trabalham de bermuda no verão.
Poder trocar a calça pela bermuda para trabalhar, em dias de verão, é o
sonho de muita gente. Acreditando que os funcionários trabalhariam mais
satisfeitos se pudessem se vestir mais à vontade, uma empresa de
comunicação de Vitória libera o uso da bermuda para homens e mulheres.
Mas é claro que toda a permissividade ainda tem suas regras. "Não dá
para abusar, camisa regata não pode", destacou o diretor executivo,
Ramon Rodrigues.
A empresa abriu as portas em 2002 e segundo Ramon, a permissão das roupas foi uma das primeiras da diretoria. "Para o pessoal que trabalha na área de atendimento, isso é mais restrito, pois eles fazem reuniões com clientes com muita frequência. Então não fica bem atender o cliente de bermuda, mas para o pessoal que fica só no escritório é tranquilo. Percebo que eles trabalham melhor assim", disse.
E a decisão não é apenas para o verão, os funcionários podem trabalhar com roupas mais leves o ano inteiro. Acessórios como bonés também são permitidos. "Quando Vitória não é quente? Temos três dias de inverno por ano. Estou até pensando em colocar uma piscina nesse lugar", brincou o diretor.
O programador Washington Ferraz está na empresa há um ano e contou que ficou surpreso quando foi avisado sobre o uso da bermuda. "Achei a ideia bem legal. Passamos a maior parte do dia trabalhando, e só de poder estar mais a vontade nesse ambiente, faz com que o serviço seja feito melhor", disse.
O funcionário Edson Ribeiro Castro, responsável pela arte final, está na empresa há seis meses e contou que no trabalho anterior não podia ir de bermuda. "Era obrigatório o uso da calça, uma regra. Quando vim para cá, achei demais essa ideia, gostei muito", falou.
Mas tem gente que ainda não entende essa permissão. "Minha mãe sempre fala comigo 'vai trabalhar assim?', mas nem ligo, o importante é o trabalho sair", disse o redator Bruno Reis.
Guarda Municipal
A Guarda Municipal de Trânsito de Vitória também se adaptou. Quem trabalha em biciletas e nos quadriciclos pode usar bermuda e camisa de manga curta. Já os que trabalham a pé e nos carros ainda precisam usar a calça, mas mas feita com um material mais leve.
"Ajuda muito poder trabalhar com camisa de manga mais curta e bermuda. No verão, o uniforme colabora para que o serviço seja feito da melhor maneira. Fazer o patrulhamento na orla de Camburi se torna mais confortável", disse o guarda Luis Cláudio.
Os advogados, que estão sempre de terno e gravata para ir a audiências, fóruns e encontro com clientes, também poderão se sentir mais frescos neste verão. O pedido para o uso facultativo do paletó foi feito pela Ordem dos Advogados do Espírito Santo (OAB-ES) e acatado pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ-ES), nesta quinta-feira (23). A medida estará vigente até o dia 21 de março. Nas sessões no TJ e nas audiências nos fóruns deve ser mantido o uso de terno.
Para o presidente da OAB-ES, Homero Mafra, a obrigatoriedade do uso é uma convenção que realmente precisava ser mudada. "Vestimos trajes europeus, isso não faz sentido no nosso país. É claro que os advogados querem continuar usando um traje que seja compatível com sua dignidade, mas só de poder tirar o paletó já fica uma decisão mais humana", disse.
Enquanto a medida ainda não havia sido votada, as advogadas levavam vantagem. "No verão, sempre trabalho de vestido. Mas não dá para abusar usando roupas curtas ou apertadas. Pode ser até sem manga, contando que seja algo um pouco mais formal", definiu a advogada Vanessa Vargas.
'Meu escritório é na praia'
O calor só não é problema para quem trabalha na praia, como é o caso dos salva-vidas formados pelo Corpo de Bombeiros. "É muito melhor trabalhar mais à vontade, com uma roupa mais confortável, do que de terno e gravata. Vejo muita gente reclamando do calor. Nosso serviço é muito gratificante por ter a praia como escritório. Como a própria música já diz 'meu escritório é na praia e eu tô sempre na área'", disse o aluno sargento Marques.
A empresa abriu as portas em 2002 e segundo Ramon, a permissão das roupas foi uma das primeiras da diretoria. "Para o pessoal que trabalha na área de atendimento, isso é mais restrito, pois eles fazem reuniões com clientes com muita frequência. Então não fica bem atender o cliente de bermuda, mas para o pessoal que fica só no escritório é tranquilo. Percebo que eles trabalham melhor assim", disse.
Ramon (de vermelho) e os colegas tem a liberdade de usar bermuda e boné na empresa (Foto: Juliana Borges/ G1 ES)
E a decisão não é apenas para o verão, os funcionários podem trabalhar com roupas mais leves o ano inteiro. Acessórios como bonés também são permitidos. "Quando Vitória não é quente? Temos três dias de inverno por ano. Estou até pensando em colocar uma piscina nesse lugar", brincou o diretor.
O programador Washington Ferraz está na empresa há um ano e contou que ficou surpreso quando foi avisado sobre o uso da bermuda. "Achei a ideia bem legal. Passamos a maior parte do dia trabalhando, e só de poder estar mais a vontade nesse ambiente, faz com que o serviço seja feito melhor", disse.
Funcionários podem comer picolé durante o
expediente (Foto: Juliana Borges/ G1 ES)
Durante o expediente, os funcionários têm a liberdade de ir até o
frigobar da empresa e pegar picolés e água de coco. E ao final do
trabalho, por volta de 19h, até uma cervejinha fica liberada para
relaxar a volta para casa.expediente (Foto: Juliana Borges/ G1 ES)
O funcionário Edson Ribeiro Castro, responsável pela arte final, está na empresa há seis meses e contou que no trabalho anterior não podia ir de bermuda. "Era obrigatório o uso da calça, uma regra. Quando vim para cá, achei demais essa ideia, gostei muito", falou.
Mas tem gente que ainda não entende essa permissão. "Minha mãe sempre fala comigo 'vai trabalhar assim?', mas nem ligo, o importante é o trabalho sair", disse o redator Bruno Reis.
Guarda Municipal
A Guarda Municipal de Trânsito de Vitória também se adaptou. Quem trabalha em biciletas e nos quadriciclos pode usar bermuda e camisa de manga curta. Já os que trabalham a pé e nos carros ainda precisam usar a calça, mas mas feita com um material mais leve.
"Ajuda muito poder trabalhar com camisa de manga mais curta e bermuda. No verão, o uniforme colabora para que o serviço seja feito da melhor maneira. Fazer o patrulhamento na orla de Camburi se torna mais confortável", disse o guarda Luis Cláudio.
Guardas municipais de bicicleta podem usar bermuda, em Vitória (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
OAB-ESOs advogados, que estão sempre de terno e gravata para ir a audiências, fóruns e encontro com clientes, também poderão se sentir mais frescos neste verão. O pedido para o uso facultativo do paletó foi feito pela Ordem dos Advogados do Espírito Santo (OAB-ES) e acatado pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ-ES), nesta quinta-feira (23). A medida estará vigente até o dia 21 de março. Nas sessões no TJ e nas audiências nos fóruns deve ser mantido o uso de terno.
Para o presidente da OAB-ES, Homero Mafra, a obrigatoriedade do uso é uma convenção que realmente precisava ser mudada. "Vestimos trajes europeus, isso não faz sentido no nosso país. É claro que os advogados querem continuar usando um traje que seja compatível com sua dignidade, mas só de poder tirar o paletó já fica uma decisão mais humana", disse.
No verão, a advogada Vanessa se sente privilegiada
por usar vestidos (Foto: Juliana Borges/ G1 ES)
O Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região também acatou o pedido da OAB-ES, nesta quarta-feira (22).por usar vestidos (Foto: Juliana Borges/ G1 ES)
Enquanto a medida ainda não havia sido votada, as advogadas levavam vantagem. "No verão, sempre trabalho de vestido. Mas não dá para abusar usando roupas curtas ou apertadas. Pode ser até sem manga, contando que seja algo um pouco mais formal", definiu a advogada Vanessa Vargas.
'Meu escritório é na praia'
O calor só não é problema para quem trabalha na praia, como é o caso dos salva-vidas formados pelo Corpo de Bombeiros. "É muito melhor trabalhar mais à vontade, com uma roupa mais confortável, do que de terno e gravata. Vejo muita gente reclamando do calor. Nosso serviço é muito gratificante por ter a praia como escritório. Como a própria música já diz 'meu escritório é na praia e eu tô sempre na área'", disse o aluno sargento Marques.
Salva-vidas de Vitória (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
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