Paula Pitta
A TARDE
O presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira, disse que a entidade repudia a atitude, mas ressalta que a postura não representa a opinião dos lojistas e comerciários do shopping.
"É um universo muito pequeno, mas é uma atitude perigosa, que vai de encontro ao direito do cidadão. Atenta contra o direito de construção de uma identidade de uma minoria de pessoas, que já sofre com o preconceito. Considero desumano".
Em nota, o Shopping Barra respondeu que "não pretende adotar qualquer postura" que negue o acesso da travesti ao sanitário, seguindo "o próprio princípio constitucional da dignidade da pessoa humana" conforme previsto na Constituição Brasileira.
Veja a íntegra da nota abaixo:
"O Shopping Barra, reafirmando os princípios éticos que caracterizam seus 25 anos de existência, entende que as questões relativas à compatibilização da identidade de gênero e, de forma mais ampla, as relativas à liberdade de orientação sexual, estão intimamente relacionadas com os chamados direitos da personalidade e, portanto, com a própria dignidade da pessoa humana que é nada menos que um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, conforme preceito inscrito no art. 1º, III da Constituição da República de 1988.
Não por outra razão que, embora se reconheça que muitos temas ainda sejam objeto de amadurecimento nas necessárias discussões da sociedade civil, não pretende adotar qualquer postura que venha a negar vigência a tal preceito geral de tutela da personalidade e, por consequência, ao próprio princípio constitucional da dignidade da pessoa humana".
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