MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Governo investiga sabotagem em bomba desligada em ferry boat na BA


Embarcação teve problemas e precisou ser rebocada por outro barco.
'Sindicância para apurar o que aconteceu', disse vice-governador.

Do G1 Bahia

Ferry Boat Pinheiro  (Foto: Manu Dias/GOVBA)Ferry Boat Pinheiro teve problemas técnicos na
segunda-feira (Foto: Manu Dias/GOVBA)
O vice-governador do Estado, Otto Alencar, disse em entrevista nesta quarta-feira (22) que abriu uma sindicância para apurar se houve uma sabotagem no ferry boat Pinheiro, que teve problemas técnicos na manhã da segunda-feira (20). Ele também ocupa o cargo de Secretário Estadual de Infra-Estrutura.
"Eu tive uma informação do diretor da Agerba de que houve um processo de sabotagem com o desligamento de um dijuntor da boMba do leme e nós mandamos instaurar imediatamente uma sindicância para verificar exatamente o que aconteceu", disse o vice-governador.
O secretário completa dizendo que a embarcação estava em condições de transporte com segurança. "A embarcação está vem condições boas de navegação. Se o comandante quisesse tocar o barco de forma segura e de forma manual, ele teria conseguido conduzir o barco, conseguindo conduzir até o destino final", completa.
Causa
O desligamento do disjuntor de uma bomba que controla os lemes do ferry boat Pinheiro, em Salvador, provocou o reboque desnecessário da embarcação que transportava passageiros, na manhã da última segunda-feira (20).
Essa é a conclusão de uma apuração interna realizada pela Internacional Marítima, empresa que opera as travessias, e divulgada à imprensa no final da manhã desta quarta-feira (22).
De acordo com a concessionária, os motivos que provocaram o desligamento da bomba ainda estão sendo apurados. Entretanto, por meio de nota oficial, a empresa disse que o comandante da embarcação não precisava ter pedido o auxílio para reboque.
"O comandante do ferry poderia ter conduzido a embarcação manualmente para que fosse concluída a travessia. No entanto, resolveu não fazê-lo e optou por buscar auxílio e aguardar o reboque", afirmou a Internacional Marítima.
Segundo a empresa, o ferry rebocado pode voltar a operar ainda nesta quarta. A concessionária diz que só aguarda a liberação da embarcação pela Capitania dos Portos.
 Desespero
“Foi um desespero, tinha criança chorando, pessoas colocando botes salva-vidas”. O relato é de Agnaldo Oliveira, que estava no ferry boat.
Durante o trajeto, ele gravou um vídeo, e encaminhou ao G1 através da ferramenta VC NO G1. (Veja vídeo acima). O ferry boat Pinheiro parou de funcionar por volta das 7h, deixando a embarcação inclinada para um dos lados.
Agnaldo contou ainda que quando o ferry estava no terminal de São Joaquim, todos foram orientados a deixar a embarcação. "Ainda no terminal em Salvador um funcionário disse no alto-falante que era para todos deixarem a embarcação, já que tinha um problema. Muita gente desceu, mas logo depois eles disseram que o problema já havia sido resolvido. Então o ferry saiu e depois parou no meio da travessia", contou ao G1.
Agnaldo contou também que todo o processo levou cerca de quatro horas para ser concluído. "Quando parou no mar, muita gente começou a chorar, a gritar. Tinha muita criança com medo. Demorou muito para que tudo fosse resolvido. Durante o problema no mar, eles chegaram a dizer que havia um problema, que estava controlado, só que ninguém acreditava", disse.
Sem manutenção
O diretor executivo da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), Eduardo Pessôa, afirma que o problema apresentado em um dos lemes do ferry Pinheiro, na manhã desta segunda-feira (20), é explicado pela falta de manutenção minuciosa das embarcações.
Em entrevista à Rádio CBN Salvador, o gestor lamentou o incidente. "Não há nada o que justificar. A verdade é essa. São embarcações antigas. Desde o dia 20 de dezembro estão operando direto, sem nenhum tempo para manutenção. Esse é o grande problema", apontou o diretor da Agerba. [Ouça abaixo a entrevista à Rádio CBN]
Demanda
Em entrevista ao G1, na segunda-feira, Eduardo Pessôa ressaltou que todas as embarcações devem passar por manutenções gerais a cada quatro meses.
Independentemente deste prazo, pondera o diretor da Agerba, os ferries costumam ser constantememente averiguados. "Mas estamos com pouca embarcação e com uma demanda muito grande de passageiros. Isso tem impedido uma manutenção mais minuciosa dos barcos", esclarece Pêssoa.
Procurada pelo G1, a empresa Internacional Marítima não comentou a declaração do gestor da Agerba até o início da tarde desta segunda-feira [horário de Brasília].

Defeito
Uma das embarcações do sistema ferry boat, em Salvador, apresentou problemas técnicos e precisou ser rebocada no mar da Baía de Todos-os-Santos, no início da manhã desta segunda-feira.
De acordo com a Internacional Marítima, empresa responsável por operar as travessias, um dos lemes do ferry Pinheiro parou de funcionar, por volta das 7h, deixando a embarcação inclinada para um dos lados.
Ainda segundo a Internacional Marítima, técnicos da embarcação interromperam a travessia para solucionar o problema, por um período de 30 minutos, mas não conseguiram corrigir a falha no leme. Por esse motivo, completa a empresa, os comandantes do ferry Juracy Magalhães Júnior foram acionados para que realizassem o reboque da embarcação.
O ferry Pinheiro foi arrastado, por meio de uma corda, até o Terminal de Bom Despacho, na Ilha de Itaparica, onde aportou por volta das 8h45.

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