Ronaldo está coletando assinaturas da população para encaminhar ao MP.
Greve de fome deve durar sete dias, diz o pastor.
Ronaldo faz greve de fome por melhorias na saúde (Foto: Magda Oliveira/G1)
As condições precárias da saúde pública em Cacoal
(RO) levou o pastor Ronaldo do Amaral, de 28 anos, a montar acampamento
em frente ao pronto-socorro Unidade Mista (UM) e iniciar uma greve de
fome. Entre as ações realizadas pelo pastor está a coleta de assinaturas
da população, para que sejam encaminhadas ao Ministério Público, com
objetivo de uma possível intervenção direta do órgão, para melhorar os
serviços de saúde oferecidos na unidade. Ronaldo afirma que pretende
ficar em jejum pelo menos sete dias.Entre as reclamações de Ronaldo, está a precariedade das instalações físicas do prédio, a deficiência do atendimento no pronto-socorro e a falta de medicamentos. “Quero buscar através do meu jejum uma transformação social, uma mudança na saúde pública e para isso vou contar com o apoio do Ministério Público”, disse Ronaldo. Além do acampamento e da greve de fome, o pastor também está realizando períodos de orações com vigílias durante a noite.
A greve de fome, que começou na quinta-feira (23) às 8h, deve continuar até a próxima quinta-feira (30). Somente no primeiro dia, Ronaldo já havia coletado 200 assinaturas, uma delas foi do aposentado Valdeli Nogueira , de 69 anos, que há cinco meses aguarda uma vaga para realizar um procedimento na vista.
O autônomo Belmiro Bezerra, de 46 anos, foi até a UMC pela manhã para assinar o documento que será encaminhado ao MP, no entanto ao final da tarde retornou ao pronto socorro para se juntar ao pastor, através de vigília. “Como morador de Cacoal, não estou satisfeito com a situação da saúde. Já estava em casa, mas algo me pedia para voltar ao hospital e dar apoio ao pastor. Vou vir todos os dias, pois agora é a hora de buscar por mudanças”, destacou o autônomo.
Ao G1, a diretora do Pronto-Socorro Unidade, Mista Meila Witt, disse que ainda não teve oportunidade de falar com o manifestante, mas que respeita as formas de protesto, desde que seja pacífico.
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