MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 19 de janeiro de 2014

Hotéis do Rio cobram mais que o triplo da alta temporada para a Copa


Diária de hotel três estrelas na Zona Sul vai custar R$ 1,1 mil na Copa.
Setor hoteleiro e governo se reuniram nesta quinta (16) para discutir abusos.

Do G1 Rio

No período da Copa do Mundo, o turista que vier ao Rio vai pagar diárias quase quatro vezes mais caras do que as que são praticadas na alta temporada da cidade como carnaval e Réveillon, como mostrou o Jornal Nacional nesta quinta-feira (16).
Em um hotel três estrelas, na Zona Sul do Rio, a diária média é de R$ 315 mas ela sobe para R$ 695 no carnaval e para R$ R$ 1,1 mil no período entre 12 de junho e 13 de julho.
A rede hoteleira terá 7 mil vagas a mais do que nas temporadas regulares. Serão 52 mil quartos à disposição de quem vier para a cidade no período dos jogos.
Longe das praias da Zona Sul, os hotéis também estão praticando preços altos para a Copa do Mundo.  Na região histórica do Centro da cidade, um hotel está cobrando  R$ 1,2 mil por uma única diária na época da Copa o que é quase o mesmo valor do que foi cobrado para quatro dias do Réveillon, R$ 1,6 mil . No carnaval, o pacote para cinco noites sai a R$ 2,5 mil.  A diária no hotel desta categoria deveria ser de R$ 250.

De acordo com o dono do hotel, o aumento dos preços é praticado para fazer frente à concorrência na região.
Controle de abusos
Na manhã desta quinta-feira (16), a Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça, se reuniu com representantes da rede hoteleira do Rio.
No encontro, ficou definido que os preços de hospedagens no Rio durante o carnaval e o Réveillon seriam os parâmetros utilizados pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) para identificar abusos nas tarifas durante a Copa do Mundo na cidade.
De acordo com Juliana Pereira, Secretaria da Senacon, os hotéis vão repassar os preços para a secretaria previamente, mas também devem ter transparência com o consumidor e divulgar em suas páginas na internet as razões para aplicar determinada cobrança.
 A ideia do encontro entre o governo e a associação hoteleira era gerar um consenso entre as partes, mas ainda não há um protocolo definido para que o turista, em especial os que não sabem os precos adotados nessa épocas, possam se proteger das tarifas injustas.
Indefinição de processos
A vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Sônia Chami, confessa que a forma como esse esclarecimento será feito e o prazo para acontecer ainda não foram definidos.
"O consumidor tem que ter bom senso. Não sei como eu vou vender um produto dizendo o quanto ele custava no ano passado. Eu confesso que não sei como isso vai ocorrer e vamos definir nesta tarde", disse ela.
A secretária estadual de Defesa do Consumidor, Cidinha Campos, também presente na reunião, disse que está fazendo um levantamento com os hotéis para saber as tarifas que devem ser cobradas no período dos jogos.
Multa de até R$ 7 milhões
"Não podemos impedir que um hotel cobre determinado preço, mas podemos verificar se o preço que eles estavam dizendo para nós que vão cobrar será respeitado de fato durante a Copa", disse, afirmando ainda que hotéis que mudarem de preço após a divulgação para o órgão oficial podem pagar multa de até R$ 7 milhões.
O encontro desta quinta contou com a presença da ABIH-RJ, da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e com a participação do comitê Interministerial de acompanhamento de preços, tarifas e qualidade de serviços para a Copa do Mundo.

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