Na turma, há alunos com deficiência visual e motora, por exemplo.
Para o professor, eles estão preparados para atuar no mercado.
Jovens participaram de curso de DJ em Vitória.
(Foto: Michel Rossi Moscon/Prefeitura de Vitória)
Alunos da 1ª turma de formação profissional em DJ voltada para pessoas
com deficiência, do Centro de Referência para a Pessoa com Deficiência
(CRPD) de Vitória, no Espírito Santo,
vão se formar na próxima semana. A turma é composta por 10 alunos,
entre eles jovens com deficiência visual, motora ou síndrome de Down.
Eles se formam no próximo dia 28 e testaram as habilidades em um evento
promovido pela instituição nesta terça-feira (21). Segundo o professor
que ministrou as aulas, a atividade pode gerar um salário de até R$ 1,3
mil por mês para os novos DJs.(Foto: Michel Rossi Moscon/Prefeitura de Vitória)
As aulas começaram no dia 13 de novembro de 2013. Durante o curso, os alunos passaram por dois módulos, em que aprenderam questões como postura profissional, organização do trabalho, ética, empreendedorismo e teorias e técnicas do trabalho de DJ. Conhecido por tocar em várias festas no estado, o DJ Léo Santos ministrou as aulas práticas que prepararam os alunos. “É a primeira vez que eu tenho essa experiência, é muito gratificante. A diferença é que eu tenho que me colocar no lugar deles, tem que fazer com que essa deficiência deles não seja deficiência”, disse.
Segundo o subsecretário de apoio ao trabalhador da Prefeitura de Vitória, Michel Moscon, a iniciativa é uma ideia inovadora no estado e que atende a uma necessidade antiga desse tipo de público. “Aqui dentro do Centro de Referência para a Pessoa com Deficiência nós temos uma demanda muito grande dessas pessoas que estão em busca de qualificação e ingresso no mercado de trabalho. Então nós juntamos esse espaço que nós temos com as oficinas e as atividades que são oferecidas para esse grupo para gerar trabalho, emprego e renda”, disse.
Jovens testaram as habilidades em um evento nesta terça-feira (21). (Foto: Michel Rossi Moscon/Prefeitura de Vitória)
Para Léo, a atividade pode se tornar fonte de renda para a turma, que já pensa em colocar em prática o aprendizado. “Já podem começar fazendo uma festa em casa, para os parentes, em um condomínio. Eles já tem essa habilidade. Fazendo uma festa por semana, eles podem ganhar até R$ 1,3 mil por mês”, disse o professor.
Um dos alunos, que escolheu como nome artístico o título de DJ Felipão, garante que está preparado para animar qualquer evento. “Seja festa de adulto, criança, casamento. Só estou esperando uma festa para eu tocar, seria muito legal”, disse Filipe Ribeiro Lima, que tem síndrome de Down.
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