Peça fará parte do acervo expositivo do Museu Histórico de Londrina.
Metade do restauro está pronto; trabalho deve acabar no fim de janeiro.
Cerca de 50% do trabalho já foi concluído - a funilaria e o jateamento, por exemplo, já foram feitos. Toda a ferrugem será tirada e o veículo ganhará uma tinta anticorrosiva. Segundo o restaurador William Capello, o mais trabalhoso é reconstruir as peças que estragaram com o tempo e já não são mais fabricadas. “Essa é a arte, a maravilha da profissão. É como se voltássemos no tempo. Não existem mais aquelas peças e você faz com as próprias mãos”, disse.
De acordo com a UEL, algumas descobertas sobre a centenária locomotiva aconteceram durante o trabalho, como a inexistência de soldas, uma vez que as peças foram fixadas com rebites. Os estudantes da universidade que fazem parte do processo também descobriram que a máquina já passou por outros processos de restauração, já que alguns rebites foram substituídos por parafusos. A recuperação atual prevê a troca de todos os parafusos por rebites, em nome da originalidade da peça histórica.
O local onde ficava o maquinista também está sendo restaurado. “Todo o teto, as janelas, que são de madeira, e as portas, que são de madeira e vidro, tudo está sendo restaurado”, informou o restaurador.
Locomotiva só foi para Londrina depois de aposentada
A locomotiva funcionou por mais de 70 anos, mas nunca passou por Londrina. Ela só veio para a cidade depois de aposentada. “Foram elas [locomotivas semelhantes à que está sendo restaurada] que trouxeram os imigrantes, levaram os produtos que a região produzia, como o café para o Porto de Santos e Paranaguá”, contou Regina Alegro, diretora do Museu Histórico.
Assim que o trabalho for finalizado, a Maria Fumaça fará companhia a dois vagões restaurados em 2012, que também estão no Museu Histórico de Londrina. “O museu ocupa o espaço da antiga estação ferroviária de Londrina. É um prédio conhecido pela maioria da população. Então, você vê a importância que a ferrovia teve na nossa história e na nossa memória”, ressalta a diretora do museu.
A restauração da locomotiva custou R$ 40 mil, valor pago pela UEL e pelo programa municipal de incentivo a cultura (Promic). O serviço deve ficar pronto no fim de janeiro, segundo a UEL.
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