por
CicloVivo
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Foto: Greenpeace
Entre as marcas estão: GAP, Nike, Disney, Adidas e Burberry.
Uma nova investigação do Greenpeace lançada nesta
terça-feira, em Pequim, China, revela que uma série de marcas famosas de
vestuário infantil
– como Disney, Adidas e Burberry – estão produzindo roupas e calçados
com produtos químicos perigosos que estão sendo descartados no meio
ambiente.
O relatório “A Little Story About the Monsters in Your Closet” (“Uma
pequena história sobre monstros no seu armário”, em livre tradução)
mostra os resultados de testes feitos em produtos de 12 marcas da
indústria, incluindo GAP, Nike e American Apparel. Foram detectados
elementos químicos em roupas de todas as empresas.
Nas análises, foram encontrados altos níveis de substâncias como
PFOAs, Phthalates e NPEs – elementos tóxicos que, durante o processo de
produção, estão sendo irresponsavelmente descartados no meio ambiente, e
que podem gerar impactos nos sistemas reprodutivo, hormonal e
imunológico dos seres humanos.
“Em qualquer parte do mundo, comprar roupas infantis
livres de substâncias químicas virou um pesadelo. De Pequim a Berlim,
esses elementos estão poluindo nossos cursos d’água”, afirmou Chih An
Lee, da campanha Detox, do Greenpeace, no sudeste asiático. “É urgente
que a indústria da moda deixe de usar essas substâncias em sua produção,
para o bem da atual e das próximas gerações. Pais, fãs de moda e
comunidades locais podem ajudar a colocar um ponto final nisso, exigindo
das marcas que parem com a poluição”.
Chih An Lee ainda lembrou que algumas marcas famosas já começaram a
caminhar para uma produção mais limpa. “Graças à mobilização de pessoas
no mundo inteiro, algumas das maiores marcas de roupa já se
comprometeram a desintoxicar sua produção, tornando sua cadeia produtiva
mais transparente e livre de substâncias tóxicas”.
A China continua sendo a maior produtora têxtil e consumidora
de substâncias químicas no mundo. O Greenpeace está pedindo ao governo
do país que colabore para que essa indústria deixe de usar e descartar
essas substâncias no meio ambiente. É urgente que seja publicada uma
lista negra dessas substâncias e que a indústria ofereça mais
transparência sobre esses processos.
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