MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Não índios que vivem em reserva no MA alegam que não têm para onde ir


Objetivo da Justiça é conter o desmatamento na região da reserva.
Nenhum dos moradores será indenizado após a retirada.

Do G1 MA com informações da TV Mirante

Moradores não índios da reserva dos Awá-Guajá, próxima à cidade de São João do Caru, no Maranhão, que vão ser notificados para deixarem o território, alegam não ter para onde ir. A decisão da Justiça tem como objetivo proteger a etnia e conter o desmatamento da região.
Forças nacionais de segurança iniciaram uma operação no dia 6 de janeiro para notificar moradores não índios que vivem no Território indígena Awá-Guajá, no Maranhão, e pedir sua saída voluntária da área protegida em até 40 dias, em cumprimento à decisão judicial expedida em dezembro.

O objetivo da Justiça é conter o desmatamento na região, que segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) já afetou 34% do território indígena, com perímetro de 1.700 km² (área pouco maior que o território da cidade de São Paulo), e ameaça a proteção da etnia, considerada por organizações ambientais como uma das mais ameaçadas. Segundo levantamento feito pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), há cerca de 300 construções ilegais dentro do território dos Awá.
O ministério da Defesa está usando imagens de satélite para mapear os ocupantes da terra indígena. A operação está concentrada do lado sul da reserva , onde a ação de madeireiros deixou imensas clareiras na selva. Há também na região vilarejos com igrejas e escolas. Cerca de 40 famílias vivem em um dos vilarejos que, segundo a Funai, também são reserva indígena. Assim que terminar o despejo, todas as casas serão demolidas. A Justiça Federal recomendou que os cemitérios sejam preservados.
A entrega das notificações deveria ter começado na semana passada, o atraso na chegada dos oficiais de justiça fez aumentar o clima de incerteza na região. Uma base do exército começou a ser montada dentro da reserva. Seis órgãos federais vão atuar no cadastro das famílias com direito de inclusão nos programas sociais do governo, mas ninguém será indenizado.

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