MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Pacientes continuam dividindo corredores de hospital em Araguaína


Imagens mostram pessoas recebendo atendimento fora dos quartos.
Acompanhantes improvisam cadeiras para ficar ao lado dos doentes.

Do G1 TO, com informações da TV Anhanguera

A falta de medicamento e a superlotação nos hospitais do estado são reclamações recorrentes de quem precisa do atendimento público de saúde. Em Araguaína, o familiar de um paciente registrou, pelo celular, os corredores do hospital regional lotados de pacientes, como pode ser visto nas imagens ao lado.
A aposentada Valdívia Alves diz que o filho só foi transferido para o leito após interferência de um funcionário do hospital. “Um cunhado da minha filha tem um primo que trabalha aí dentro, aí ele [cunhado] ligou pra ele [primo] ajeitar com urgência porque ele [paciente] não podia ficar no corredor. E aí logo botaram.”
O auxiliar de serviços gerais José de Aquino, mora em Colméia, e está acompanhando o filho que está internado. Há cerca de três dias ele está sem dormir, se revezando nas cadeiras do hospital, já que a informação recebida foi de que não podia passar a noite no local. “Fico acordado, deito um pouco no banco, até o dia amanhecer e vencer a hora para eu entrar para a visita.”
Além dos leitos insuficientes, denúncias da falta de medicamentos foram motivos de uma audiência pública, em agosto de 2013, em Araguaína. Na época, o Ministério Público Estadual encaminhou um ofício pedindo providências em relação aos problemas.
Vistoria
No dia 15 de janeiro, membros da Defensoria Pública do Tocantins e dos Ministérios Públicos Estadual e Federal fizeram uma vistoria aos hospitais e foi identificado a falta de medicamentos e materiais hospitalares. Em Araguaína, a promotoria relatou mais de 100 itens em falta na farmácia do Hospital Regional de Araguaína.
Na quarta-feira (22), foi realizada, em Palmas, uma reunião convocada pelos Ministérios Públicos e Defensoria, onde a secretária estadual de Saúde (Sesau), Vanda Paiva, teve que explicar sobre a constante falta de medicamentos e insumos nos hospitais.
“Nós notificamos o fornecedor, estamos entrando com ação contra eles, e fazendo um emergencial até que a gente licite novamente, porque não tem segundo colocado em ata de registro de preço. Estamos com controle rigoroso de material, por isso que disse, não é tudo aquilo que o hospital pede que a gente entrega. Não existe desabastecimento, a gente tem entregado pontualmente tudo que está faltando", disse a secretária.
A falta de medicamentos e insumos nos hospitais públicos já foi motivo de uma audiência de conciliação na justiça federal. Em novembro de 2013, a Sesau se comprometeu a resolver o problema e enviar relatórios mensais sobre a situação dos estoques dos hospitais aos órgãos de fiscalização.

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