MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 12 de janeiro de 2014

Preços de produtos na orla de Maceió assustam turistas e maceioenses


Aumento de itens como água de coco e cerveja vem gerando reclamação.
Comerciantes argumentam que alta temporada é oportunidade para faturar.

Do G1 AL

Vendedora de acarajé (Foto: Nívio Dorta/G1)Comerciantes aumentaram os preços dos produtos
durante a alta temporada (Foto: Nívio Dorta/G1)
Aqueles que escolheram as praias de Maceió como destino neste início de verão terão que pagar mais caro pelos momentos de lazer. Com a chegada da alta temporada, itens como água de coco e cerveja ficaram mais caros, assim como o aluguel de cadeiras e mesas para quem pretende passar o dia à beira-mar. Até mesmo a entrada em alguns bares na orla, geralmente gratuita no restante do ano, vem sendo cobrada, em valores que variam entre R$ 50 e R$ 100.
Os valores de produtos e serviços podem passar despercebidos para alguns turistas, mas nãos aos frequentadores mais assíduos. “Ficou tudo mais caro. Uma água de coco, que a gente compra a no máximo R$ 3, está sendo vendida a mais de R$ 5 em alguns trechos. Outro absurdo é alguns bares estarem cobrando entrada, o que não existe em outras épocas do ano”, queixa-se a enfermeira Camila Maciel.
As reclamações, porém, não se limitam aos banhistas que moram na capital alagoana. Acostumado a vir ao estado duas vezes por ano, o aposentado Sérgio Valle, que mora no Rio de Janeiro e tem família em Maceió, concorda que os preços aumentaram na alta temporada. Algumas vezes, de forma abusiva, segundo ele.
“Eu sempre venho aqui visitar meu filho em julho. Agora em janeiro percebo a diferença nos preços. Aqui nesse trecho que eu escolhi está R$ 5 para alugar um jogo de mesa e cadeiras, mas na Pajuçara eu já vi o pessoal cobrando até R$ 15. Isso é ruim principalmente para o pessoal daqui. O turista já vem prevenido, mas para quem mora na cidade fica complicado frequentar a praia nesta época”, avalia o aposentado.
Aumentar o faturamento
Os comerciantes, por sua vez, argumentam que o aumento no movimento é uma boa oportunidade para faturar um pouco mais. Mas admitem que muitos consumidores têm reclamado dos reajustes. “Eu diria que uns 60% dos clientes estão reclamando, alguns estão até trazendo bebidas, mesas e cadeiras de casa. Mas a gente tenta não exagerar, eu mesmo só aumentei o valor da cerveja e do refrigerante e estou cobrando um pouquinho a mais no aluguel das mesas”, conta Antônio Silva, que trabalha na praia há 22 anos.
Barracas de praia  (Foto: Nívio Dorta/G1)Nas praias os preços de aluguel de mesas e cadeiras também subbiram neste verão  (Foto: Nívio Dorta/G1)
Já o comerciante Adriano da Silva, há 10 anos no ramo, diz que tenta compensar o aumento nos produtos com um bom atendimento. “Na minha opinião, o diferencial é o atendimento. Se você recebe bem o cliente, não o deixa esperando e mantém tudo limpo, o preço acaba ficando até em segundo plano. Desde que você não abuse nos valores, acaba ganhando a preferência do pessoal desse jeito”, argumenta Silva.
Para um grupo de turistas que resolveu passar o verão na capital alagoano, os preços dos alimentos e bebidas não são os maiores incômodos. A necessidade de pagar aluguel por mesa e cadeira mesmo em caso de consumo chamou a atenção do grupo, que garante que a cobrança não existe em outras cidades onde já foram.
“Os preços até que estão em conta para essa época do ano. Em outras cidades como Salvador e Porto de Galinhas não é muito diferente. O que nós achamos estranho foi essa necessidade de pagar a mesa mesmo em caso de consumo. Se você muitas vezes já passa o dia inteiro na praia, consumindo, não entendo porque pagar. É algo que os comerciantes daqui deveriam repensar”, afirma o veterinário paulista Paulo Borges.

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