Presença de águas-vivas em lago intriga biólogos em São Valentim, RS

Cnidários podem ter sido transportados na forma de pólitos por aves.
Fenômeno raro, em água doce, deve ser registrado em artigo científico.

Do G1 RS

Uma grande concentração de águas-vivas está chamando a atenção em um lago de São Valentim, na Região Norte do Rio Grande do Sul. Normalmente, os cnidários vivem em água salgada e por isso o fenômeno raro intrigou especialistas. Os biólogos da região acreditam que as medusas tenham sido transportadas na forma de pólipos, fase inicial, por aves aquáticas ou pela introdução de peixes.
“A gente diz que elas floresceram, tomando esse aspecto de medusa, que lembra um guarda-chuva, em função de uma condição climática, que foi o que ocorreu aqui na nossa região, principalmente nos meses de dezembro de janeiro, quando tivemos um forte calor e diminuição de chuva”, explica a bióloga Rosane Restelo.
O dono da propriedade, Edivaldo Marcos Baldo, também se surpreendeu com a presença das águas-vivas. “Nunca tive nenhum vestígio, nem sinal desse animal por aqui”, conta o empresário.
O cnidário passa boa parte do tempo na forma de pólito, uma pequena estrutura que se fixa em rochas ou vegetação aquática, que depois dá orgiem à água-viva. Porém, o aparecimento das medusas deve ser breve porque o tempo de vida nesta forma é de apenas algumas semanas, segundo os biólogos. O fenômeno deve ser registrado em um artigo científico.