MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Produtores de Cupuaçu enfrentam desafios para manter colheita no PA


Em Tomé-Açú, produção vem caindo nos últimos dois anos.
Combate à praga "vassoura de bruxa" ajuda a melhorar a produtividade.

Do G1 PA

 Os produtores de cupuaçu de Tomé-Açú, no nordeste do Pará, enfrentam desafios para manter a colheita da fruta em 2014. Desde 2011, a produtividade vem caindo na região. O Pará é responsável pela maior safra de cupuaçu do Brasil, com mais de 74 mil toneladas em 13 mil hectares de área.
Em 2011, foram produzidas 7.200 toneladas do fruto, a maior colheita registrada em Tomé-Açú. Este número caiu para menos de 3.500 toneladas no ano passado. A queda na produtividade vem preocupando os produtores do fruto no município, o maior produtor de cupuaçu do estado.
Entre os fatores que ocasionam a queda na safra estão as mudanças climáticas, com a redução das chuvas, e a praga conhecida como "vassoura de bruxa". Para tentar encontrar uma regularidade na produção, os agricultores contam com a assistência da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açú.
"Tem dado um excelente resultado, felizmente a Embrapa conseguiu lançar uns clones, que são tolerantes à 'vassoura de bruxa' e isso é benefício muito grande para os produtores de Tomé-Açú", afirma o engenheiro agrônomo da Embrapa Vicente Morais.
"Tem uma variedade tolerante à 'vassoura de bruxa' e tem um melhor rendimento nas polpas no final do processo, então tem contribuído bastante", analisa o secretário municipal de agricultura, Michinori Konagano.
A técnica da clonagem tem melhorado a produtividade, e a previsão para 2014 é que sejam produzidas aproximadamente 4 mil toneladas de cupuaçu. Para o agricultor Koji Inada, os resultados são animadores. "É mais produtivo e são maiores os frutos. Foram bem selecionados na Embrapa e trouxeram três variedades para escolher".
A maior parte da safra de cupuaçu do município vai para uma agroindústria. A casca é usada na fabricação de adubo orgânico e da semente é extraído o óleo para indústria farmacêutica e perfumaria. Já a polpa é exportada para o Japão e Estados Unidos, além de parte do Nordeste, Centro Oeste e Sul do país, mas o consumo maior ainda é na região Norte.
"Creme, sorvete, mousse, você faz várias coisas in natura que o paraense gosta. Isso ainda, infelizmente, dentro do Brasil ainda é pouco divulgado", diz o diretor de uma indústria que revende os produtos feitos com cupuaçu, Ivan Saiki.

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