MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 19 de janeiro de 2014

Rendeiras de bilros de Raposa (MA) criam novas peças e ganham mais


Dependendo do mês, artesãs faturaram mais do que maridos pescadores.
Consultoria ajudou a criar novos produtos e melhorou qualidade das peças.

Do PEGN TV

No município de Raposa, a 28 km de São Luís, no Maranhão, as mulheres de pescadores fazem sucesso com as famosas rendas de bilros. Elas receberam apoio para melhorar a qualidade das peças e criar novos produtos. O trabalho ganhou destaque e deixou a cidade conhecida em todo Brasil.
As rendas de bilros são feitas pelas mulheres da comunidade desde a década de 1950. Este tipo de artesanato foi trazido por famílias de pescadores do Ceará que migraram para o Maranhão nessa época. “A renda de bilros é como uma tradição. A gente pode fazer e pode trabalhar, como algumas são funcionárias, mas a renda está no nosso dia a dia, está no sangue”, diz a artesã Marilene Marques.
O município de Raposa tem uma das menores rendas per capita do país e o artesanato ajuda no sustento das famílias. A técnica é passada de mãe para filha e o trabalho exige mãos habilidosas. Dependendo da época do ano, essas artesãs conseguem faturar mais do que os maridos pescadores. Nos melhores meses, conseguem até R$ 600.
O faturamento aumentou depois que as artesãs participaram de capacitações promovidas pelo Sebrae de São Luís. Os projetos de apoio ao artesanato melhoraram a qualidade das peças, a comercialização dos produtos e a gestão do negócio. “Acompanhamos sempre e resultado. A gente vê a evolução dos produtos e o ganho de mercado”, afirma Hildenê Maia, do Sebrae de São Luís.
As artesãs da associação das rendeiras de Raposa, que foi criada em 1988, tecem em uma almofada dura, cheia de palha e coberta com tecido. O molde é preso em cima da almofada com alfinetes ou espinhos que servem para guiar os pontos. As linhas ficam presas nos bilros, que são hastes de madeira ou bambu. Quanto maior e mais complexa é a peça, maior é o número de bilros.
As rendeiras fazem vestidos, blusas, toalhas de mesa e aplicações que podem ser costuradas em tecidos. Depois de consultoria do Sebrae, passaram a fazer bijuteria como brincos, colares e pulseiras. O apoio também levou a renda de bilros para feiras, o que fez com que ganhasse novos mercados. As artesãs transformaram as casas em lojinhas, que atrai visitantes em busca de produtos típicos do Maranhão, e receberam até prêmios nacionais pelo trabalho.
Dona Donizete, que tece desde os sete anos de idade, se divide entre os trabalhos como funcionária pública e rendeira. “Esses são os melhores momentos. Porque eu já passei por momentos em que eu não vendia nem cinco centavos. Nós ficamos perseverando aqui e hoje eu posso dizer que eu não deixo mais”, diz a artesã Maria Donizete Menezes.
“O processo vem evoluindo ao longo dos anos. Os produtos, cada vez mais, ganham diferenciação e competitividade no mercado”, Hildenê Maia, do Sebrae de São Luís (MA).
CONTATOS:
SEBRAE
Central de Relacionamento: 0800-570-0800
www.sebrae.com.br
ASSOCIAÇÃO DAS RENDEIRAS DA PRAIA DA RAPOSA
Contato: Marilene Marques (artesã)
Rua da Lavanderia, s/n° - Raposa
São Luís/MA – CEP: 7500138-00
Telefone: (98) 8806-7180 – (98) 8855-9699 (Donizete vice-presidente)
E-mail: marleneraposa2012@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário