Situação foi verificada no Projeto de Categorização dos Serviços
162 estabelecimentos foram vistoriados pelo Departamento de Vigilância.
Restaurantes de Manaus serão avaliados e
receberão classificação antes da Copa
(Foto: Reprodução/TV Amazonas)
O primeiro ciclo de inspeção do Projeto-piloto de Categorização dos
Serviços de Alimentação para Copa do Mundo de 2014 foi concluído em
dezembro. Ao todo, 162 estabelecimentos em Manaus,
que comercializam e manuseiam alimentos, foram vistoriados pelo
Departamento de Vigilância Sanitária da Secretária Municipal de Saúde
(Dvisa/Semsa). O órgão regulador constatou que a maioria dos
restaurantes e lanchonetes inspecionados da capital precisam se adequar
às normas vigentes. Manaus recebeu verba para ser aplicada na avaliação e qualidade de restaurantes para o mundial.receberão classificação antes da Copa
(Foto: Reprodução/TV Amazonas)
De acordo a gerente de vigilância de serviços do Dvisa, Rebecca Tomé, inicialmente estava prevista a vistoria de 270 estabelecimentos no primeiro ciclo do levantamento em Manaus, que é dividido em duas etapas. Entretanto, segundo a gerente, esse quantitativo foi reduzido devido os demais estabelecimentos não se enquadrarem na proposta do projeto-piloto, que tem como prioridade restaurantes e lanchonetes de rota turística, principalmente locais de eventos da Copa na capital – entorno da Arena Amazônia e Arena Fifa Fan Fest .
Embora a analise dos dados coletados durante o primeiro ciclo (período de setembro e dezembro de 2013) não tenha sido concluída, o Departamento de Vigilância Sanitária verificou que a maioria dos 162 estabelecimentos inspecionados de Manaus precisa se adequar às normas sanitárias.
"A maioria dos estabelecimentos inspecionados, no primeiro ciclo, precisa de adequação em relação ao armazenamento e preparo de alimentos, higienização e controle de temperatura. A estrutura física só é tratada em dois itens: se há lavatório e abastecimento de água potável. A ausência desse último item é motivo de exclusão", explicou a gerente.
As condições de cada estabelecimento são verificadas, principalmente, por meio de uma série quesitos estabelecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que compõem checklist baseado na RDC 216/nº2004. Foram elencados cerca de 52 itens considerados prioritários para o funcionamento de locais que comercializam alimentos.
Os dados referentes à primeira etapa serão lançados no sistema para avaliar como está o nível de cada estabelecimento, definindo a pontuação obtida no checklist de quesitos estabelecido pela agência reguladora. Após esse processo, será definido o selo de classificação dos participantes.
Série
de itens que abrange o manuseio, acondicionamento e higienização de
alimentos são analisados para definir classificação do estabelecimento
(Foto: Manoel Vaz/Semcom)
Segunda etapaO segundo ciclo de inspeção do projeto ocorrerá entre os meses de fevereiro e abril. A partir da conclusão da segunda etapa, a categorização será definida com base nas notas de cada estabelecimento. No período de maio a agosto deste ano, a classificação de cada serviço será divulgada na internet e no próprio estabelecimento participante.
A proposta de categorização dos serviços de alimentação no Brasil é uma iniciativa pioneira baseada em experiências anteriores dos Estados Unidos e Inglaterra. A iniciativa visa classificar os serviços de alimentação com base em um instrumento de avaliação que prioriza os aspectos de higiene de maior impacto para a saúde. O objetivo é melhorar o perfil sanitário dos estabelecimentos com a conscientização do cidadão e do setor regulado pela garantia do cumprimento de regras definidas pela Vigilância Sanitária (Visa).
A classificação, que pode ser A, B, C, D e E, obtida pelo estabelecimento ficará disponível ao consumidor, dando a oportunidade dos clientes verificarem a qualidade sanitária dos serviços de alimentação.
Verba
Em julho do ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária anunciou repasses de aproximadamente R$ 5 milhões às cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 para estruturação dos departamentos de vigilância sanitária. Manaus foi beneficiada com recurso de R$ 345 mil, que estão sendo usados para compra de equipamentos utilizados nas ações da Dvisa. "Esses recursos não são exclusivos para o projeto-piloto. Com ele estamos empregando no pagamento de horas extras de servidores, aquisição de equipamentos e materiais para inspeção como, por exemplo, termômetros e tablets. O processo licitatório está sendo concluído", esclareceu Rebecca Tomé.
Nenhum comentário:
Postar um comentário