MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Se a moda pega…



Carlos Chagas - 7/01/14 - Tribuna da Internet 
Apesar do bom tempo que lota as praias, 2014 está  começando mal. Ônibus são incendiados de Norte a Sul, em alguns casos com requintes de crueldade. Incendiar ônibus virou cartão de visita dos marginais organizados, como a demonstrar estarem insatisfeitos com a ação das autoridades policiais.
 A  primeira reação das quadrilhas instaladas nos morros ou nas celas de presídios é ordenar a seus esbirros que toquem fogo em coletivos, de preferência fazendo antes  descer passageiros, motoristas e trocadores. Como apareceram, somem, apesar de uma vez ou outra a polícia consiga detê-los.  Em boa parte são menores de idade, ainda que não em tamanho nem em criminalidade. Há também os que,  não pertencendo a quadrilhas, decidem manifestar seu inconformismo diante de eventos que prejudicam suas comunidades, como tiroteios entre policiais e bandidos,com vítimas inocentes ou reflexos negativos em seu dia a dia. Até os modernos black-blocs já adotaram a moda, quando de suas depredações. “Não gostou? Incendeie um ônibus…”
 
Essa ação espraia-se pelo país inteiro, porque uns seguem o exemplo de outros, surgindo como uma das características desses novos tempos. Na medida para aumentar durante a Copa do Mundo.
 
Fazer o quê?  Designar um guarda para cada ônibus é impossível, além de inócuo, pois os incendiários agem em bando. Puxar o revólver e  atingir um ou dois deles só daria  margem a novas manifestações de violência.
 
Obrigar as empresas a dispor de instrumentos de defesa, como vidros blindados, janelas gradeadas, comunicação eletrônica com centros policiais ou privados capazes de providenciar socorro em poucos minutos? Não dá, porque o fogo  cresce em  questão de minutos. Esperar  o povão  defender-se  seria temerário, pois os passageiros são as maiores vítimas.
 
Como os empresários donos das frotas incendiadas  estão se lixando para os prejuízos, já que o poder público é obrigado a indenizá-los, solução aparente não há. Seria bom que começassem a atuar nos níveis federal, estadual e municipal as   diversas forças de segurança e inteligência para encontrar uma saída. A Copa do  Mundo não  vem   aí para que turistas, ao vivo, e o mundo inteiro, pela televisão, reconheçam a expansão dessa nova modalidade de crime como mais uma invenção brasileira…

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